Resistência de R$ 23,08 volta ao radar. Investidores monitoram risco do agronegócio e projeções revisadas para 2025.

O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) chega ao pregão desta quinta-feira (27/11) em um ponto técnico crucial, após dias de volatilidade e notícias que reacenderam dúvidas sobre o impacto da inadimplência do agronegócio em seus resultados. O ativo fechou a última sessão em R$ 22,22, acumulando dois pregões consecutivos de alta, mas ainda sem força suficiente para romper a principal resistência de curto prazo: R$ 23,08.

Essa região de preço é considerada o “divisor de águas” pelos analistas técnicos, pois um rompimento com volume poderia destravar um movimento de alta até R$ 23,59, e posteriormente até R$ 25,21. Mas, por enquanto, o papel permanece lateralizado, influenciado pela predominância de sinais neutros nos indicadores gráficos.

O candle do pregão de 26/11 mostrou presença compradora moderada, mas ainda longe de demonstrar domínio dos touros. O volume não acompanhou a alta e segue inferior ao registrado nas últimas fortes quedas — um sinal de que os vendedores ainda não deixaram o jogo. Para quem opera intraday, o foco está no comportamento do preço entre R$ 21,85 e R$ 22,37, faixa onde tem ocorrido boa parte das negociações recentes.

Ao observar o conjunto dos indicadores, o cenário se confirma como indefinido: três deles apontam para alta (incluindo médias móveis curtas), dois sugerem baixa, e a maior parte — oito, no total — permanece neutra. Esse equilíbrio mostra um mercado esperando um gatilho fundamental ou técnico antes de assumir direção clara.

No campo fundamentalista, o banco ainda lida com repercussões da inadimplência agrícola, que alcançou 5,34% no terceiro trimestre, pressionando seu lucro e levando casas como XP, BTG e Goldman Sachs a manterem recomendação neutra. Além disso, o próprio banco revisou sua projeção de lucro para o ano para o intervalo entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões, frustrando parte dos investidores que esperavam números mais robustos.

Por outro lado, as iniciativas de inovação, como a ampliação do BB Ventures para até R$ 500 milhões em startups, adicionam um componente positivo para o médio prazo. Em um ambiente de competição acirrada com fintechs, esse movimento é visto como estratégico.

O suporte de R$ 21,43, tocado na semana passada, segue sendo o ponto mais importante para os vendedores neste pregão. Se o preço perder essa região, abre espaço para uma correção mais ampla até R$ 21,29 e R$ 20,99 — patamares considerados chave para a sustentação da tendência no gráfico diário.

Para o investidor de curto prazo, o comportamento inicial do volume na abertura será determinante. Caso o fluxo comprador seja mais forte, há possibilidade de buscar o rompimento imediato da faixa de R$ 22,37, o que deixaria a resistência de R$ 23,08 ao alcance ainda na parte da manhã. Vendedores, por outro lado, torcem para que o papel falhe novamente na região dos R$ 22,30–22,40, como ocorreu nos últimos dias.

No médio prazo, o mercado parece disposto a dar algum “benefício da dúvida” à estratégia do banco, mas só reagirá com força quando houver sinais concretos de desaceleração da inadimplência rural ou quando as projeções voltarem a melhorar. Até lá, BBAS3 tende a respeitar sua zona de congestão entre R$ 21,00 e R$ 23,60.

O investidor que pensa no longo prazo ainda vê no papel um ativo resiliente, com dividendos expressivos e boa solvência, mas é preciso reconhecer que o cenário atual traz ruídos de curto prazo que reduzem a atratividade imediata para movimentos de valorização rápida.

Hoje, o pregão deve ser decisivo para testar o apetite do mercado. Uma abertura positiva, acompanhando o Ibovespa, pode levar o papel a tentar romper a barreira de R$ 22,50 ainda pela manhã. Já uma abertura negativa, especialmente se acompanhada de notícias mais duras sobre o setor agrícola, pode colocar o suporte de R$ 21,43 rapidamente em risco.

Enquanto o mercado aguarda os próximos capítulos da inadimplência no campo, o gráfico segue mostrando que BBAS3 está no centro de uma disputa técnica intensa. Romper 23,08 é o sonho dos compradores hoje; perder 21,43 é o cenário que os vendedores gostariam de ver. O pregão desta quinta deve revelar quem está mais disposto a assumir o controle.

Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.

Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.