Amanhã, 12 de novembro, após o fechamento do mercado, o Banco do Brasil (BOV:BBAS3) solta o balanço do terceiro trimestre de 2025, e o clima é de cautela misturada com esperança de virada. As projeções do mercado apontam para lucro recorrente entre 3,4 e 4 bilhões de reais – bem abaixo dos 11,9 bilhões do Itaú Unibanco (BOV:ITUB3) | (BOV:ITUB4), 6,2 bilhões do Bradesco (BOV:BBDC3) | (BOV:BBDC4) e 4 bilhões do Santander (BOV:SANB11), com queda de 60% a 64% em relação ao ano anterior, por causa das provisões explosivas no agronegócio.

O retorno sobre patrimônio líquido do BB deve ficar em torno de 7,4%, abaixo do custo de capital de 15%, apesar da carteira crescendo 8,7% para cerca de 1,3 trilhão de reais. A inadimplência projetada é de 4,5% a 5,1%, com foco no agro em 5,1%, e provisões para devedores duvidosos subindo 61,7% para 16,3 bilhões de reais. A margem financeira com clientes fica pressionada, mas estável, e despesas operacionais elevadas pioram o índice de eficiência para cerca de 50%. O guidance anual revisado para 21 a 25 bilhões de reais em lucro deve ser mantido, mas o trimestre promete ser fraco. Se superar as expectativas com controle melhor na inadimplência e rentabilidade subindo, BBAS3 reage para cima.

Comparado aos rivais que já reportaram seus balanços do 3T25, o Banco do Brasil fica para trás. O Itaú lidera com lucro de 11,9 bilhões de reais, retorno sobre patrimônio líquido de 23,3%, inadimplência de 1,9% e eficiência de 37,7%, com carteira crescendo 6,4%. O Bradesco cresce forte: lucro de 6,2 bilhões (+18,8%), carteira +9,6% e margem com clientes +19%, apesar de inadimplência em 5,4%. O Santander é sólido com lucro de 4 bilhões (+9,4%), retorno sobre patrimônio líquido de 17,5% e despesas estáveis, mas carteira só +3,8%. O Banco do Brasil projeta o pior em lucro e retorno sobre patrimônio líquido, pressionado pelo agro; Itaú vence em qualidade, Bradesco em crescimento, Santander em custos.

Pela visão fundamentalista, o Banco do Brasil negocia a 23,47 reais – fechamento de hoje com alta de 3,03% e volume de 31 milhões de ações. O preço sobre lucro é de 3,8 vezes, baseado em lucro por ação de 6,18 reais nos últimos 12 meses, e preço sobre valor patrimonial estimado em 0,6 vez, o mais barato do setor. O rendimento com dividendos fica em 2,97%, volátil e inferior aos 7% de Itaú e Bradesco ou 5,75% do Santander. A ação caiu 20% a 30% nos últimos 12 meses, contra altas de 35% no Itaú, 50% no Bradesco e 28% no Santander. É um value play atrativo em múltiplos, mas as projeções ruins do trimestre e risco no agro assustam. Não vale investir agora; espere o balanço e estabilização em 2026, com medida provisória 1.314 ajudando o agro. Para virar interessante, precisa de lucro acima de 4 bilhões no trimestre, retorno sobre patrimônio líquido subindo acima de 10%, inadimplência abaixo de 4,5% e reclassificação para preço sobre valor patrimonial de 0,8 vez ou mais.

Na análise técnica, a ação BBAS3 fechou hoje em 23,47 reais, com faixa do dia entre 22,85 e 23,59 reais e volume médio de 30 milhões nos últimos três meses. Tendência neutra no campo geral, com 38% dos indicadores sinalizando alta, como médias móveis de 5 e 21 períodos, ativador de compra, ponto e figura de compra e curva de tendência ascendente; 31% baixa, como índice de canal de mercadorias acima de 100, estocástico e índice de força relativa sobrecomprados, além de rompimento da banda superior; e 31% neutros. Suporte imediato em 21,71 reais; resistência em 25,21 reais – rompimento abre 29,92, 30,04 e potencial teórico de 266% até 85,70 reais. Não vale comprar BBAS3 agora; o balanço pode trazer volatilidade. Uma possível estratégia seria esperar o rompimento de 25,21 reais com volume alto para entrada, mantendo ordem de stop abaixo de 21,71 reais. Comparado, Bradesco tem tendência de alta clara com 46% indicadores positivos e canal ascendente; Itaú consolida neutro mas consistente; Santander fica lateral com volume fraco.

Entre os quatro grandes banco do Brasil, priorize Itaú para solidez e risco mínimo, com retorno sobre patrimônio líquido de 23,3%, dividendos de 7% e upside de 8-14% até 46 reais – a melhor opção geral. Bradesco vem em segundo para upside de 40% até 27 reais, em recuperação. Santander em terceiro para diversificação barata. O Banco do Brasil é o último: múltiplos baixos atraem value, mas projeções fracas e risco alto sugerem evitar agora; monitore pós-balanço. Se o resultado surpreender positivamente com inadimplência controlada e provisões menores, entre em 2026; caso contrário, fuja. O setor soma 25 bilhões de reais em lucros no trimestre, com queda de 14% no ano – Itaú carrega o peso.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.