As bolsas de valores da Ásia-Pacífico encerraram a sessão desta sexta-feira (14/11) no negativo, ampliando a volatilidade global após o forte recuo visto em Wall Street. A região registrou quedas generalizadas, lideradas pelo índice sul-coreano Kospi (BMF não disponível | referência internacional) e pelo japonês Nikkei 225 (NIKKEI:N225), enquanto o índice com o pior desempenho foi justamente o Kospi. Do lado positivo, nenhum índice registrou alta. O dia também foi marcado pela divulgação de importantes indicadores econômicos chineses, que reforçaram sinais de desaceleração, somando pressão aos mercados.

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China

A China foi o centro das atenções, após novos indicadores econômicos reforçarem um quadro de perda de tração. Os investimentos em ativos fixos recuaram 1,7% no acumulado de janeiro a outubro, ampliando a queda registrada anteriormente, quando o nível estava em -0,5%. A Projeção de mercado era de desaceleração mais moderada, o que costuma pressionar ações ligadas à construção, câmbio local e juros futuros. A produção industrial avançou 4,5% em outubro, perdendo ritmo frente ao mês Anterior, enquanto as vendas no varejo cresceram 2,9%, também abaixo das expectativas. Diante do cenário, o Shanghai SE (SSE:000001) encerrou o pregão em queda de 0,97%, acompanhando o movimento de aversão ao risco.

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Japão

No Japão, a pressão veio principalmente do setor de tecnologia, alinhado ao movimento visto nos Estados Unidos, onde empresas ligadas à inteligência artificial perderam força. Sem indicadores domésticos relevantes divulgados nesta sexta-feira (14/11), investidores adotaram postura defensiva. O Nikkei 225 (NIKKEI:N225) recuou 1,77%, refletindo também o temor de que a política monetária norte-americana e os futuros ajustes do Fed possam influenciar a renda variável japonesa via câmbio e juros.

Hong Kong

Em Hong Kong, os investidores reagiram à desaceleração chinesa e ao enfraquecimento das ações de tecnologia, segmento que domina o mercado local. O Hang Seng (HSI:HSI) caiu 1,85%, pressionado por empresas de comércio eletrônico e tecnologia. Embora não houvesse indicadores domésticos divulgados no dia, o mercado tipicamente sofre com impactos indiretos dos dados chineses, especialmente no câmbio e nos juros de curto prazo.

Austrália

Na Austrália, o apetite por risco diminuiu após o tombo das ações de tecnologia norte-americanas, influenciando a bolsa de valores local. Sem indicadores econômicos relevantes divulgados nesta sexta-feira (14/11), o S&P/ASX 200 (ASX:XJO) acompanhou a tendência global e recuou 1,36%, com investidores atentos às futuras decisões de política monetária do Banco Central australiano e à influência da política monetária norte-americana.

Índia

A Índia não divulgou indicadores relevantes nesta sexta-feira (14/11), mas o sentimento negativo da região impactou o Nifty 50 (NSE:NIFTY50), que operou pressionado devido à aversão global a risco. O índice recuou no fechamento, seguindo movimentos típicos de queda do câmbio e alta nos juros futuros locais em dias de estresse internacional.

Coreia do Sul

A Coreia do Sul registrou a maior queda entre os grandes mercados da região, com o Kospi (KS:KOSPI) despencando 3,81%. A pressão veio das gigantes de semicondutores Samsung Electronics (LSE:SMSN) e SK Hynix (KRX:000660), que recuaram 5,45% e 8,50%, respectivamente. Sem indicadores domésticos divulgados nesta sexta-feira (14/11), o mercado refletiu a forte correção global das empresas de tecnologia e as expectativas de juros norte-americanos mais altos, o que costuma pesar no câmbio e nos juros sul-coreanos.


Expectativas em relação aos indicadores dos EUA

Os investidores da região Ásia-Pacífico seguiram atentos ao cenário norte-americano, especialmente aos próximos indicadores de inflação e discursos de dirigentes do Fed, aguardados ainda nesta sexta-feira (14/11). O ambiente global permanece sensível ao ritmo da política monetária dos Estados Unidos, com impacto direto sobre câmbio, fluxo estrangeiro e volatilidade dos mercados asiáticos.

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