Instituição financeira desmente notícia de possível injeção de até R$10 bilhões na Raízen. Entenda o impacto para as ações RAIZ4 e BPAC11 na bolsa de valores B3 e o sentimento do mercado.

Nesta terça-feira (26/11), o BTG Pactual (BOV:BPAC11) afirmou que não participa de qualquer negociação relacionada a uma suposta injeção financeira de até R$10 bilhões na Raízen (BOV:RAIZ4), após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitar esclarecimentos sobre um rumor publicado na imprensa. A resposta veio rápida e direta, afastando especulações que movimentaram o noticiário corporativo.

A negativa do BTG Pactual ocorre em um momento estratégico para o setor de energia e biocombustíveis, no qual empresas como a Raízen enfrentam desafios ligados à alavancagem, margens pressionadas e grandes projetos em curso. O rumor sobre uma reestruturação societária com aporte bilionário acendeu alertas entre investidores, especialmente após movimentos recentes de capital da Cosan (BOV:CSAN3), sócia da Shell e controle da Raízen.

O BTG Pactual havia participado, em setembro, como investidor-âncora em uma oferta pública de ações da Cosan — o que provavelmente alimentou especulações de que a instituição poderia ampliar sua exposição ao grupo. No entanto, o banco reforçou que não está envolvido em nenhuma negociação relacionada ao que foi reportado.

Até o momento, a Raízen não emitiu novos comunicados sobre o caso, e a Cosan também não acrescentou informações além das já conhecidas no mercado.

A notícia é publicada após o encerramento do pregão desta terça-feira (25/11). As ações da Raízen (RAIZ4) fecharam em R$0,81, estabilidade de 0,00%, respeitando a faixa do dia entre R$0,00 e R$0,81. Com o esclarecimento do BTG, o mercado deve avaliar no pregão de quarta-feira (27/11) como essa negativa impacta a percepção de risco, liquidez e perspectivas financeiras da companhia — especialmente considerando que RAIZ4 está muito distante da máxima das últimas 52 semanas (R$2,69).

A Raízen (BOV:RAIZ4) é uma das maiores empresas integradas de energia do mundo, atuando em etanol, açúcar, bioenergia, distribuição de combustíveis e geração de energia renovável. Formada pela joint venture entre Cosan e Shell, disputa espaço com Vibra Energia, Petrobras (PETR4) e outras companhias do setor. Na bolsa de valores, é acompanhada de perto por investidores interessados em transição energética, biocombustíveis e fluxos de caixa de longo prazo.

A negativa do BTG Pactual (BPAC11) reduz ruídos no mercado e coloca o foco novamente na capacidade da Raízen (RAIZ4) de avançar com seus planos operacionais.