Com o crescente otimismo em torno de um possível fim da paralisação governamental mais longa da história dos EUA, os investidores estão voltando sua atenção para diversos acontecimentos importantes nesta semana — incluindo o impacto nas companhias aéreas, o início da cúpula climática COP30 no Brasil, novos dados de crescimento do Reino Unido e preocupações persistentes sobre as altas avaliações das ações.
1. Companhias aéreas americanas buscam alívio com o fim iminente da paralisação
A paralisação do governo dos EUA, que já dura um período recorde, parece estar perto de uma resolução depois que o Senado votou por 60 a 40 em uma votação de teste no fim de semana, aprovando uma legislação para financiar o governo até 30 de janeiro de 2026.
O progresso bipartidário ocorre depois que oito senadores democratas apoiaram uma proposta republicana que oferece uma votação futura sobre subsídios de saúde e a reintegração de funcionários federais demitidos durante a paralisação do governo.
A medida não poderia ter chegado em melhor hora para as companhias aéreas americanas, que sofreram vários dias de redução obrigatória de voos devido à falta de pessoal no controle de tráfego aéreo. A Administração Federal de Aviação (FAA) ordenou que as empresas aéreas cortassem 4% dos voos diários a partir de sexta-feira em 40 grandes aeroportos, com a previsão de que os cortes subam para 6% na terça-feira e para 10% até 14 de novembro.
2. A COP30, Cúpula do Clima, começa no Brasil
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) começa nesta segunda-feira em Belém, Brasil, cidade anfitriã simbólica localizada na floresta amazônica.
Esta edição marca a 30ª cúpula global do clima e representa um retorno ao Brasil, que sediou a Cúpula da Terra do Rio de Janeiro em 1992, onde foi assinado o tratado original da UNFCCC sobre o clima.
Autoridades brasileiras apelaram às nações para que cumpram as promessas anteriores, incluindo os compromissos assumidos na COP28 de eliminar gradualmente o uso de combustíveis fósseis. No entanto, a reunião poderá revelar-se controversa, uma vez que os EUA se retiraram do Acordo de Paris sobre o Clima, abandonando o seu papel de liderança outrora proeminente nas negociações climáticas globais.
3. Nervosismo do mercado devido às altas avaliações
A temporada de balanços corporativos nos EUA está chegando ao fim, com apenas duas empresas que compõem o índice Dow Jones Industrial Average — Cisco Systems (NASDAQ: CSCO) e Walt Disney (NYSE: DIS) — com divulgação de seus resultados prevista para esta semana.
Apesar dos resultados corporativos em sua maioria sólidos, os índices de Wall Street tropeçaram na semana passada, interrompendo uma sequência de altas recordes. O S&P 500 caiu 2,4% nas últimas oito sessões, à medida que os investidores demonstram crescente preocupação com as avaliações elevadas, principalmente nos setores de inteligência artificial e tecnologia que impulsionaram o mercado neste ano.
Ainda assim, há sinais de otimismo: dados da LSEG Lipper mostraram que os fundos de ações dos EUA atraíram US$ 12,6 bilhões em entradas até 5 de novembro, seu maior ganho semanal desde o início de outubro. Os investidores estão atentos para ver se uma economia resiliente e condições financeiras mais flexíveis podem reacender a tendência de alta até o final do ano.
4. Buffett publicará sua carta final como CEO
Após décadas à frente da empresa, Warren Buffett divulgará sua carta de despedida como CEO da Berkshire Hathaway (NYSE: BRK.B) na segunda-feira, antes de deixar o cargo no final do ano.
Seu sucessor, Greg Abel, assumirá o cargo de diretor executivo e escreverá a próxima carta aos acionistas da Berkshire em fevereiro. A mensagem de Buffett — dirigida a seus três filhos, Susie, Howard e Peter, bem como aos acionistas — deverá abordar a sucessão e o planejamento patrimonial, ecoando temas de suas cartas de 2023 e 2024.
A Berkshire Hathaway (BOV:BERK34) mantém uma sólida saúde financeira, com suas reservas de caixa atingindo o recorde de US$ 381,7 bilhões, ante US$ 277 bilhões no ano anterior. O lucro operacional cresceu 34% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 13,49 bilhões, o que demonstra a força de suas operações de seguros e a conservadorização de seu balanço patrimonial.
5. Dados do PIB do Reino Unido no terceiro trimestre testarão o ritmo de crescimento
Após a decisão do Banco da Inglaterra de manter as taxas de juros estáveis na semana passada, os investidores analisarão atentamente a divulgação do PIB na quinta-feira em busca de indícios sobre a possibilidade de um corte nas taxas em dezembro.
O PIB do Reino Unido deverá crescer apenas 0,2% no terceiro trimestre, ligeiramente abaixo da expansão de 0,3% registrada no segundo trimestre. Dados mensais anteriores mostravam um crescimento de 0,1% em agosto, após resultados estáveis em julho, refletindo um ritmo de crescimento lento.
Enquanto isso, espera-se que a Ministra das Finanças, Rachel Reeves, aumente os impostos em seu orçamento de 26 de novembro para atingir as metas fiscais — uma medida que pode afetar o crescimento no último trimestre do ano.
A semana também trará dados sobre emprego e salários no Reino Unido referentes a setembro, que devem mostrar novos sinais de arrefecimento da inflação salarial, oferecendo um possível alívio para o Banco da Inglaterra na avaliação do momento ideal para futuras medidas de flexibilização da política monetária.
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