Os preços dos alimentos no mercado internacional registraram mais um mês de recuo. O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu em outubro, marcando o segundo mês consecutivo de declínio. A principal força por trás dessa movimentação continua sendo uma oferta global abundante de produtos básicos. A média do índice ficou em 126,4 pontos no mês passado, uma redução frente aos 128,5 pontos revisados de setembro.

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O açúcar foi um dos grandes protagonistas da baixa. O índice específico para a commodity despencou 5,3% em outubro, alcançando seu patamar mais baixo desde dezembro de 2020. Esse movimento foi impulsionado por uma produção robusta no Brasil, juntamente com expectativas de safras maiores na Tailândia e na Índia. O cenário foi complementado pela influência de preços mais baixos para o petróleo bruto (CCOM:OILCRUDE). O setor de laticínios também contribuiu para o resultado geral, com seu índice registrando uma queda de 3,4% na comparação com setembro. A retração foi puxada por cotações mais fracas para o leite em pó e pela manteiga, que ficou mais barata devido à ampla disponibilidade para exportação da União Europeia e da Nova Zelândia.

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Possíveis Impactos no Mercado

Uma queda sustentada nos preços das commodities alimentícias pode ter efeitos diversos nos mercados financeiros. Para as bolsas de valores de países exportadores de produtos agrícolas, como o Brasil, isso pode representar uma pressão de baixa sobre as ações de empresas do setor. Por outro lado, economias que são grandes importadoras líquidas de alimentos podem se beneficiar, com a redução da pressão inflacionária podendo levar a políticas monetárias mais brandas. No mercado de câmbio, moedas de países exportadores de commodities podem enfrentar algum desgante, enquanto no mercado de títulos, a perspectiva de inflação mais contida pode ser vista com bons olhos pelos investidores em renda fixa.

 

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