O Índice de Confiança do Comércio do FGV IBRE avançou de forma consistente em novembro, marcando sua terceira alta seguida e reforçando um clima mais favorável entre os empresários do setor. O indicador subiu 3,7 pontos e alcançou 89,9 pontos, enquanto a média móvel trimestral também apresentou evolução, com avanço de 2,2 pontos, chegando a 86,9 pontos. O movimento confirma uma recuperação lenta, porém contínua, especialmente após meses de avaliações mais cautelosas sobre a atividade.

“A confiança do comércio sobiu pelo terceiro mês consecutivo, com avanços em ambos os horizontes temporais. As avaliações sobre o momento atual voltaram a uma zona de neutralidade da qual haviam se afastado ao longo do segundo semestre, mesmo com a demanda ainda vista como fraca. Já as expectativas de vendas permaneceram em trajetória de alta, sugerindo que os empresários ainda enxergam espaço para melhora à frente. A redução do pessimismo acompanha a trajetória mais favorável da confiança dos consumidores, apoiada pelo alívio inflacionário recente e pela expectativa de impacto da nova faixa de isenção do IR para o próximo ano. Ainda assim, a confiança é impedida de alcançar níveis de otimismo pelo nível elevado dos juros e pelo alto endividamento das famílias”, afirma Geórgia Veloso, economista do FGV IBRE.

O avanço foi disseminado entre quatro dos seis segmentos avaliados e teve forte influência das percepções sobre o momento atual. O Índice de Situação Atual subiu 5,2 pontos e alcançou 92,2 pontos, maior nível desde maio. O quesito que mede a avaliação da situação atual dos negócios avançou 8,7 pontos, para 94,9 pontos, enquanto o indicador que mede o volume de demanda atual subiu 1,5 ponto, chegando a 89,6 pontos.

As expectativas também contribuíram positivamente para o resultado do mês. O Índice de Expectativas cresceu 2,3 pontos, alcançando 88,2 pontos, em sua terceira alta consecutiva. O indicador de vendas esperadas nos próximos três meses avançou 3,8 pontos e atingiu 88,0 pontos, ao passo que a avaliação da tendência dos negócios para os próximos seis meses subiu 0,5 ponto, totalizando 88,7 pontos.

(fgv)

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