De acordo com analistas do BofA Securities, a Constellation Energy (NASDAQ:CEG) e várias outras grandes empresas de serviços públicos dos EUA devem ser as principais beneficiárias de uma nova iniciativa federal para acelerar o desenvolvimento da energia nuclear.
O governo dos EUA anunciou recentemente uma parceria estratégica com a Westinghouse e a Cameco com o objetivo de construir uma nova geração de usinas nucleares. Os primeiros relatórios indicam planos para investimentos de até US$ 80 bilhões em novos reatores utilizando a tecnologia AP1000 da Westinghouse. O Departamento de Comércio desempenhará um papel central na coordenação do financiamento, das garantias de empréstimo, das licenças e das aprovações regulatórias.
Segundo os analistas do Bank of America, Ross Fowler e F. Paul Cole, a medida representa uma grande mudança na política governamental, que antes adotava uma postura “tecnologicamente neutra” e agora promove ativamente projetos específicos de reatores, em particular os modelos AP1000 e BWRX-300, ambos com combustível de urânio pouco enriquecido. Os analistas observaram que isso reflete as estratégias de projeto padronizadas adotadas com sucesso em outros países, que ajudam a reduzir os custos de construção por unidade.
Os analistas acrescentaram que provavelmente será utilizado um modelo de construção-operação-transferência, no qual as empresas de serviços públicos com operações nucleares existentes se tornarão as proprietárias e operadoras de longo prazo, em vez da própria Westinghouse. Entre as empresas de serviços públicos consideradas potenciais vencedoras dessa abordagem estão a Constellation Energy (NASDAQ:CEG), a Dominion Energy (NYSE:D), a Duke Energy (NYSE:DUK), a Entergy (NYSE:ETR), a NextEra Energy (NYSE:NEE) e a Southern Company (NYSE:SO).
O plano de expansão nuclear dos EUA também se baseia em recentes acordos comerciais com o Reino Unido, a Coreia do Sul e o Japão, que visam aprimorar a cooperação no processamento de combustível, engenharia e fabricação de equipamentos críticos. O Bank of America estima que essas parcerias podem adicionar centenas de bilhões de dólares ao programa geral de desenvolvimento nuclear, reforçando a posição dos Estados Unidos na corrida global por energia limpa.
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