Os consumidores brasileiros vão sentir novamente o peso no bolso com a conta de energia elétrica neste mês de novembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira tarifária no patamar vermelho 1, frustrando as expectativas de parte do mercado que aguardava uma possível redução para a bandeira amarela. O anúncio foi feito na sexta-feira (31/10).
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Isso significa que, pelo segundo mês consecutivo, haverá um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A justificativa da agência reguladora está diretamente ligada às condições climáticas que impactam a geração de energia no país.
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“O cenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios. Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 1” diz a Aneel.
A Aneel ainda ressalta que a fonte solar da geração é intermitente e não injeta energia para o sistema o dia inteiro.
“Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda”, argumenta a agência reguladora.
Esta decisão tende a gerar impactos significativos no mercado financeiro, especialmente para empresas do setor elétrico. A manutenção da bandeira vermelha pode beneficiar companhias com exposição à geração termelétrica, como a Eletrobras (BOV:ELET3 | BOV:ELET6) e a Engie Brasil (BOV:EGIE3), pois sinaliza a continuidade de um ambiente de receitas mais robustas para essa fonte. Por outro lado, setores intensivos em consumo energético, como siderurgia e papel & celulose, podem ver suas margens pressionadas, o que poderia refletir negativamente em suas cotações na bolsa de valores. No cenário macro, a notícia exerce uma pressão inflacionária, podendo influenciar as expectativas sobre a taxa de juros e, consequentemente, os contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT) e o Índice Bovespa (BMF:IBOVFUT | BOV:IBOV).
No contexto atual, a persistência da bandeira vermelha reforça um ambiente de custos elevados para empresas e famílias, um tema sensível para os agentes de mercado. Essa pressão inflacionária localizada mantém o foco na trajetória da Selic e no desempenho de setores cíclicos, sendo um fator a ser monitorado de perto pelos investidores na bolsa de valores.
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