Holding de energia e logística sente peso de oferta pública e pressões do mercado.
O Ibovespa (BOV:IBOV) fechou o pregão desta terça-feira (04/11) com desempenho misto, mas algumas ações sofreram quedas expressivas que chamaram a atenção dos investidores. A Cosan (BOV:CSAN3), do setor de energia e logística, foi o destaque negativo, despencando 3,12% para R$ 5,90. Como uma das maiores holdings do Brasil, a empresa controla marcas como Raízen, Rumo e Comgás, com portfólio que inclui combustíveis, logística ferroviária e distribuição de gás. A queda reflete o impacto de sua recente oferta pública de ações, precificada a R$ 5,00 por ação, com desconto de mais de 17% em relação ao fechamento anterior, gerando ajustes no mercado.
A Raízen (BOV:RAIZ4), controlada pela Cosan e focada em combustíveis renováveis e distribuição de energia, também amargou uma das maiores perdas do dia, caindo 2,13% para R$ 0,92. A empresa é conhecida por sua produção de etanol de segunda geração e biocombustíveis, além de operar a rede de postos Shell no Brasil. Já a CSN Mineração (BOV:CMIN3), do setor de mineração, caiu 2,13% para R$ 5,97, impactada por sua exposição à volatilidade do minério de ferro e produtos siderúrgicos. A companhia é uma das maiores exportadoras de minério de alta qualidade do país, com operações centradas na mina de Casa de Pedra.
Completando o top 5 das maiores baixas, a Siderúrgica Nacional (BOV:CSNA3), também do setor siderúrgico, recuou 1,83% para R$ 9,13. A CSN produz aços planos e longos, atendendo indústrias como construção civil e automotiva, com marcas consolidadas no mercado interno e exportação. A Raia Drogasil (BOV:RADL3), gigante do varejo farmacêutico, fechou com queda de 1,77% para R$ 19,48, operando redes de farmácias como Drogasil e Droga Raia, que lideram o segmento com milhares de lojas e foco em serviços de saúde. Essas perdas refletem preocupações setoriais e ajustes pós-balanço.
Entre as gigantes do mercado, a Vale (BOV:VALE3) | (NYSE:VALE) registrou baixa de 1,12% para R$ 64,62, pressionada pela volatilidade nos preços do minério de ferro no mercado global, apesar de sua posição como líder mundial na produção de minério e pelotas de ferro, além de níquel e cobre. A Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR), por outro lado, escapou do vermelho, fechando em alta modesta, o que a exclui desta análise de baixas. A queda da Vale reflete um cenário de cautela com commodities, agravado por incertezas na demanda chinesa.
No setor financeiro, poucas instituições sofreram perdas, mas algumas chamaram atenção. O Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), maior banco privado do Brasil, caiu 0,30% para R$ 39,96, com sua ampla gama de serviços bancários, incluindo crédito, investimentos e seguros. A holding Itaúsa (BOV:ITSA4), que controla o Itaú e outras empresas como Alpargatas, recuou 0,34% para R$ 11,74. Essas quedas discretas sugerem uma realização de lucros após altas recentes, em um setor que ainda se beneficia de spreads elevados e digitalização.
Analisando tecnicamente a Cosan, a ação mostra fraqueza após romper o suporte de R$ 6,00, com o fechamento em R$ 5,90 indicando pressão vendedora. O RSI está em 42, sugerindo que o papel não está sobrevendido, mas o MACD exibe uma linha de sinal bearish, apontando para possível teste do suporte em R$ 5,50. Um volume elevado acompanhou a queda, reforçando a força do movimento descendente, mas uma recuperação pode surgir se o papel segurar acima de R$ 5,70 nos próximos pregões.
Os motivos das baixas têm raízes nas notícias do Momento B3. A Cosan sofreu com a oferta pública de R$ 9,06 bilhões, precificada com desconto significativo, o que gerou ajustes imediatos no mercado e preocupações com a diluição de acionistas. A Raízen, impactada pela mesma dinâmica da controladora, enfrenta desafios com a alta alavancagem (dívida líquida de R$ 17,5 bilhões) e margens pressionadas no segmento de biocombustíveis. A CSN Mineração e a Siderúrgica Nacional sentiram o peso da queda nos preços do minério e do aço, com a China reduzindo importações, enquanto a Raia Drogasil reflete uma realização de lucros após um rali recente, apesar do balanço sólido do 3T25.
A Hypersa (BOV:HYPE3), do setor farmacêutico, também aparece entre as quedas, com recuo de 1,56% para R$ 25,30. A empresa, conhecida por medicamentos como Buscopan e Neosaldina, enfrenta pressões de custo e competição no mercado de genéricos. Já a Embraer (BOV:EMBR3), do setor aeroespacial, caiu 1,08% para um valor não detalhado no ranking, impactada por seu balanço do 3T25, que mostrou lucro líquido ajustado de R$ 289,4 milhões, uma queda de 76,4% ante 2024, devido a investimentos em mobilidade aérea avançada.
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Apesar das quedas, o mercado segue dinâmico, com setores como mineração e energia enfrentando ventos contrários, mas com potencial de recuperação caso os fundamentos melhorem.