Com tendência macro ainda negativa, o WDOZ25 testa níveis decisivos e pode acelerar movimentos no restante do pregão e no cenário para 27 de Novembro.

O dólar futuro (BMF:WDOZ25) | (BMF:DOLZ25) opera em leve queda na manhã desta quarta-feira (26), com o contrato WDOZ25 sendo negociado próximo dos 5.372 pontos, movimento que reforça a sequência de lateralidade com viés de baixa observada nos últimos pregões. Mesmo com tentativas pontuais de recuperação, o ativo continua preso a uma estrutura técnica que favorece o lado vendedor.

Os últimos candles revelam um padrão claro de indefinição. A moeda não encontra força suficiente para romper resistências, mas também não entrega quedas mais agressivas. Esse comportamento, caracterizado por corpos estreitos e sombras superiores mais alongadas, mostra que o comprador até tenta influenciar o preço, mas esbarra em obstáculos logo acima dos 5.400 pontos.

A faixa entre 5.415 e 5.425 continua sendo o grande desafio para quem aposta em alta. Toda vez que o dólar se aproxima dessa região, o fluxo vendedor retorna e pressiona o preço de volta ao centro do range. Esse fenômeno tem sido recorrente ao longo de novembro e se intensificou nos últimos dias, sugerindo exaustão da força compradora.

Do lado oposto, a região dos 5.370 entrou no radar como suporte intradiário relevante. No momento em que o ativo perde esse nível, o mercado passa a observar com mais atenção a zona de 5.360–5.350, que historicamente funciona como ponto de decisão de curto prazo. Uma quebra limpa desse patamar ampliaria a probabilidade de retomada da tendência de baixa mais ampla.

O contexto macro estrutural ainda favorece quedas. O dólar permanece abaixo da média de 200 períodos, e o indicador IFR segue apontado para baixo, reforçando a predominância do fluxo vendedor no horizonte mais longo. Isso significa que, mesmo com repiques eventuais, a tendência principal segue descendente até que níveis superiores sejam superados.

Para o restante do pregão de hoje, o cenário permanece condicionado ao comportamento do preço na região dos 5.370 pontos. Se os vendedores conseguirem pressionar abaixo desse nível, o ativo tende a acelerar em direção aos 5.350 ainda nesta quarta-feira. Já uma defesa sólida desse suporte pode gerar repique técnico em direção aos 5.385.

Compradores têm uma missão difícil, mas clara: precisam reconquistar os 5.385 e, a partir daí, construir espaço para buscar o patamar psicológico dos 5.400. Sem isso, quaisquer tentativas de alta devem morrer rápido, como ocorreu em diversos momentos nos últimos dez dias.

Para o pregão de amanhã (27), o fechamento de hoje terá peso decisivo. Se a moeda encerrar a sessão abaixo dos 5.370, as chances de abertura negativa aumentam, com expectativa de teste imediato dos 5.350 logo na primeira hora do dia. Por outro lado, uma recuperação acima de 5.385 abriria a porta para um pregão mais equilibrado, com possibilidade de retomada de força compradora.

No médio prazo, a tendência de baixa segue consolidada e sem sinais de reversão. O dólar só poderia abandonar essa estrutura se rompesse com firmeza a faixa dos 5.416 e, posteriormente, voltasse a trabalhar acima dos 5.450 — um cenário que ainda parece distante, dada a dinâmica atual.

Investidores que operam comprado no dólar precisam avaliar o risco de continuar posicionados em um ativo que demonstra fragilidade técnica. Já vendedores encontram um ambiente mais favorável, mas devem agir com cautela para não serem surpreendidos por repiques rápidos dentro da lateralidade que marca o curto prazo.

O mercado como um todo segue atento ao comportamento do dólar no restante desta quarta-feira, consciente de que o rompimento — seja para cima ou para baixo — da faixa de consolidação atual definirá não só o tom do pregão de amanhã, mas também a direção do ativo nos próximos dias. Até lá, a recomendação é clara: disciplina, leitura de fluxo e atenção redobrada aos gatilhos técnicos de cada lado do gráfico.

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