O gráfico diário do Grupo Pão de Açúcar (BOV:PCAR3) trouxe um alívio técnico nesta terça-feira (04/11). Após uma sequência de quedas, o ativo formou um padrão de engolfo de alta (Bullish Engulfing), um dos sinais mais relevantes de reversão no curto prazo, acompanhado por forte aumento de volume financeiro, que saltou para R$ 40,19 milhões. O movimento, que levou a ação a fechar em R$ 3,79 (+6,16%), ocorre em meio à divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25) e à expectativa do mercado pela coletiva da diretoria nesta quarta-feira (05/11).
A alta acontece após uma jornada marcada por forte volatilidade e desconfiança. Ontem (03/11), PCAR3 havia caído 5,05%, pressionada pelas incertezas sobre o endividamento e a governança da companhia. O padrão de engolfo formado hoje sugere que os compradores voltaram a reagir, aproveitando a região de suporte em R$ 3,44, um ponto técnico que já havia segurado o preço em sessões anteriores.
Do ponto de vista técnico, o cenário ainda exige confirmação, mas o engolfo de alta é um sinal de que o ativo pode buscar novas resistências em R$ 5,01 e R$ 7,00. Esse possível repique também coincide com um momento de otimismo pontual entre traders que identificam a ação como uma oportunidade de curto prazo após a expressiva desvalorização acumulada ao longo do ano.
No front fundamentalista, o resultado do 3T25, divulgado após o fechamento de hoje, mostrou melhora nas margens operacionais, mas ainda reflete os desafios com a alta alavancagem financeira. O mercado aguarda os detalhes da teleconferência de resultados marcada para amanhã (05/11), quando a diretoria deve detalhar o plano de desalavancagem e a estratégia de recuperação da rentabilidade.
A notícia recente da aprovação da venda de participação ao Grupo Coelho Diniz pelo CADE também mexeu com o sentimento do mercado. A operação reforça a presença da família Diniz no controle acionário, o que pode significar mudanças estratégicas no médio prazo — fator visto com cautela pelos investidores.
Analistas mantêm visões divididas sobre o papel. Enquanto o Itaú BBA mantém recomendação neutra (“market perform”), o Citi rebaixou sua projeção em setembro para “venda”, com preço-alvo em R$ 2,80. Ainda assim, alguns traders enxergam o atual patamar como assimétrico, combinando risco controlado e potencial de valorização expressiva em caso de retomada operacional.
Do ponto de vista técnico, o rompimento confirmado de R$ 3,79 poderá consolidar o padrão de engolfo e iniciar uma recuperação mais consistente. Já um retorno abaixo de R$ 3,44 anularia o sinal de reversão, devolvendo o ativo à tendência de baixa. O volume acima da média é um ponto positivo e reforça a credibilidade do movimento atual.
O cenário para o pregão desta quarta-feira (05/11) será decisivo: traders de curto prazo observarão se a força compradora conseguirá sustentar o padrão e levar PCAR3 a patamares mais altos, enquanto investidores institucionais focarão nos detalhes do balanço e na fala da diretoria.
A reação técnica de hoje pode ser o primeiro passo para uma tentativa de estabilização do ativo, mas a confirmação do movimento dependerá tanto do comportamento gráfico quanto da percepção do mercado sobre a real capacidade do Pão de Açúcar em reduzir sua dívida e retomar margens sustentáveis.
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Análise Técnica — Pão de Açúcar (BOV:PCAR3)
O pregão desta terça-feira (04/11) marcou um ponto técnico relevante para o Grupo Pão de Açúcar (BOV:PCAR3). O ativo encerrou o dia cotado a R$ 3,79, com alta expressiva de 6,16%, após a formação de um padrão de engolfo de alta (Bullish Engulfing) no gráfico diário — um dos sinais mais fortes de reversão de tendência, especialmente quando ocorre com aumento significativo de volume, como visto hoje (R$ 40,2 milhões).
O candle de engolfo cobre integralmente a faixa de preço da sessão anterior, indicando que a força compradora superou com folga a pressão vendedora, sugerindo possível retomada de curto prazo. Apesar do viés ainda baixista no panorama mais amplo, o movimento pode ser o início de um repique técnico, principalmente se o ativo confirmar o rompimento de R$ 3,79 com volume acima da média dos últimos três pregões.
As zonas de suporte estão bem definidas em R$ 3,44, R$ 2,82 e R$ 2,21, enquanto as resistências aparecem em R$ 3,79, R$ 5,01 e R$ 7,00. A quebra da resistência imediata em R$ 3,79 — que coincide com o fechamento do dia — é o divisor de águas para confirmar o padrão altista. Acima desse nível, o ativo pode buscar rapidamente R$ 5,01, o que representaria um ganho potencial superior a 30%.
No entanto, a tendência de curto prazo segue de baixa, e o padrão de engolfo precisa de confirmação nas próximas sessões. Abaixo de R$ 3,44, o papel voltaria à trajetória de queda, projetando movimento de correção até R$ 2,82 ou R$ 2,21, regiões que podem servir de entrada para operações de médio prazo.
Estratégias de trade com PCAR3 para o pregão desta quarta-feira (05/11)
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Entrada comprada: aguardar a confirmação do rompimento de R$ 3,79, com alvo em R$ 5,01 e stop loss em R$ 3,44.
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Entrada especulativa (swing trade): possível compra antecipada entre R$ 3,60 – R$ 3,70, visando capturar o movimento de impulso do engolfo.
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Venda (contra tendência): apenas em caso de fechamento abaixo de R$ 3,44, com alvo em R$ 2,82 e stop curto acima de R$ 3,55.
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Gestão de risco: priorizar posições reduzidas, dada a volatilidade alta (12 milhões de ações negociadas no dia) e a dependência de confirmação do padrão.
Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.
Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.