Banco corta projeções de lucro e preço-alvo, citando concorrência e desafios de sinistralidade. A ação HAPV3 opera em leve alta nesta terça-feira (11).
A Hapvida (BOV:HAPV3), uma das maiores operadoras de planos de saúde do país, volta ao radar do mercado nesta terça-feira (11/11) após estudo do JPMorgan apontar incertezas sobre o equilíbrio entre crescimento e rentabilidade da companhia. Segundo o banco, as ações passaram por uma “montanha-russa” nos últimos meses, oscilando fortemente após a divulgação dos resultados do segundo trimestre deste ano (2T25).
O relatório destaca que parte dessa volatilidade está diretamente ligada à sinistralidade médica (MLR), que segue pressionada, enquanto a companhia investe na expansão da própria rede hospitalar e adota uma postura mais cautelosa sobre a geração de lucros. A concorrência acirrada da Amil, especialmente em São Paulo — mercado que representa cerca de 40% da base de beneficiários da Hapvida — também limita reajustes e dificulta uma melhora mais acelerada das margens.
O JPMorgan revisou suas projeções: o lucro por ação estimado para este ano foi reduzido em 16%, e a previsão para 2026 caiu 13%, ficando abaixo do consenso de mercado. O preço-alvo da ação foi ajustado para R$ 52, o que ainda representa upside potencial de aproximadamente 60% sobre os níveis atuais.
Apesar das revisões, o banco manteve recomendação de compra (overweight), apontando que parte relevante das incertezas já parece precificada. Para os analistas, os próximos resultados devem ser avaliados com foco no Ebitda ajustado e na capacidade da companhia de atrair novos beneficiários, sem deteriorar margens.
No pregão desta terça-feira (11/11), por volta das 15h30, HAPV3 opera em alta leve, cotada a R$ 31,75, após abrir o dia a R$ 31,36, com máximas próximas a R$ 31,83 e mínimas ao redor de R$ 31,18.
A Hapvida é atualmente uma das maiores operadoras integradas de saúde suplementar no Brasil, com mais de 9 milhões de beneficiários, forte presença no Nordeste e contínua estratégia de verticalização via rede própria de hospitais e clínicas. A companhia compete diretamente com players como Amil, NotreDame Intermédica e SulAmérica.