O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (17/11/2025) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) caiu 0,2% em setembro, ampliando as preocupações sobre o ritmo da economia no final do ano. A leitura veio pior que a expectativa do mercado, que projetava retração de 0,10% para o período. Segundo o dado oficial, “A prévia do Produto Interno Bruto (PIB) foi a 2,6% no ano, enquanto passou a um ganho de 3% no acumulado em 12 meses.”

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O desempenho dos setores que compõem o indicador também mostrou perda de tração. O Banco Central registrou que “O indicador de indústria caiu 0,7%, seguido pelo de impostos e agropecuária, que recuaram 0,6% e 0,4%, respectivamente. Já o IBC-Br de serviços teve baixa de 0,1%.” Esse conjunto de resultados sugere um ambiente menos favorável para a expansão econômica no curto prazo, especialmente após meses de oscilação na atividade.

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O dado de agosto havia dado um alívio temporário, já que “Na edição anterior, de agosto, a prévia do PIB registrou alta de 0,4% na comparação mensal.” No entanto, a devolução parcial desse avanço em setembro reforça a ideia de um segundo semestre marcado por maior volatilidade.

Apesar do enfraquecimento recente, o histórico recente do PIB ainda mostra resiliência. A leitura mais completa disponível indica que “A última leitura fechada do PIB, do segundo trimestre de 2025, mostra que a economia subiu 0,4%. Nos primeiros três meses do ano, o crescimento foi de 1,4%.” O quadro geral aponta desaceleração, mas não uma interrupção brusca da atividade.

Como o dado não está relacionado a empresas específicas, o impacto esperado tende a se espalhar pelos principais ativos do mercado financeiro. Uma queda mais forte do IBC-Br tende a elevar as apostas de política monetária mais acomodatícia, o que normalmente influencia a curva de juros do mercado BMF (BMF:DI1FUT), além de provocar ajustes nas expectativas sobre o câmbio (FX:USDBRL) e no comportamento dos índices acionários, como o Ibovespa (BOV:IBOV) e os contratos futuros de Ibovespa (BMF:INDFUT). Em momentos de atividade mais fraca, investidores também costumam reduzir exposição a setores cíclicos da bolsa de valores em favor de ativos defensivos.

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