O pregão desta quinta-feira (27/11) terminou com o Ibovespa (BOV:IBOV) ligeiramente no vermelho, refletindo um dia “meio sem graça” na bolsa de valores, já que o feriado norte-americano tirou boa parte da liquidez do mercado global. O índice recuou 0,12%, fechando aos 158.359 pontos, enquanto o volume do dia somou apenas R$12,4 bilhões — praticamente a metade da média dos últimos 50 pregões, de R$15,9 bilhões. O contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT) também andou de lado, espelhando a mesma cautela que dominou a sessão após as falas de Gabriel Galípolo e dos dados mais fracos do Caged.
O clima no mercado brasileiro nesta quinta-feira (27/11) foi moldado pelo combo clássico: política doméstica, tensões geopolíticas e indicadores macroeconômicos vindos do Brasil, dos Estados Unidos e da China. O dado do Caged com criação de 85 mil vagas – bem abaixo da Projeção de 110 mil – trouxe uma leitura de atividade mais fraca, enquanto Gabriel Galípolo reforçou que o Banco Central “não vê motivos para mudar a direção da política monetária”. No exterior, o feriado norte-americano segurou o apetite por risco, o DXY (CCOM:DXY) caiu 0,02% e o dólar futuro (BMF:DOLFUT) subiu 0,37%, para R$5,353. Somam-se ainda as atenções voltadas ao acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, com os Estados Unidos à frente da mediação, e à China, onde o minério de ferro continuou firme após nova alta em Dalian.
No mundo corporativo, as distribuidoras ganharam os holofotes após o avanço da operação Poço de Lobato, que mira crimes fiscais no setor de combustíveis. Entre as ações do Ibovespa (BOV:IBOV), as maiores detratoras do dia foram Axia (BOV:AXIA3), Vale (BOV:VALE3) — gigante global de mineração e maior produtora de minério de ferro do mundo — e Rede D’Or (BOV:RDOR3), maior rede hospitalar do país.
Já entre as quedas percentuais, lideraram Hapvida (BOV:HAPV3), operadora nacional de saúde; Azzas (BOV:AZAS3), companhia do setor imobiliário focada em projetos residenciais; e MBRF (BOV:MBRF3), ligada ao ramo financeiro. No ranking das mais negociadas, destacaram-se Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR), que atua em exploração e refino de petróleo; Vale (BOV:VALE3), com forte peso na bolsa de valores; e Itaú Unibanco (BOV:ITUB4 | NYSE:ITUB), maior banco privado do país.
A curva de juros terminou a quinta-feira (27/11) totalmente dividida: enquanto a parte curta inclinou para cima, com altas de até 4 pontos-base após o tom firme de Galípolo, a parte longa recuou até 5 pontos-base diante do Caged mais fraco, reacendendo expectativas de flexibilização em 2025. Os contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT) mais movimentados alternaram sinais ao longo do dia, com operadores acompanhando o leilão do Tesouro que teve forte demanda por LTNs e NTN-Fs. O mercado ainda aguarda a fala de Diogo Guillen para calibrar projeções sobre a Selic e os vértices intermediários, que também fecharam em leve queda.
| Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
| 03/11/2025 | 0,61% | 150.454,24 | R$ 21,3 bilhões |
| 04/11/2025 | 0,17% | 150.704,20 | R$ 25,2 bilhões |
| 05/11/2025 | 1,72% | 153.294,44 | R$ 25,5 bilhões |
| 06/11/2025 | 0,03% | 153.338,63 | R$ 24,4 bilhões |
| 07/11/2025 | 0,47% | 154.063,53 | R$ 24,0 bilhões |
| 10/11/2025 | 0,77% | 155.257,31 | R$ 21,9 bilhões |
| 11/11/2025 | 1,60% | 157.748,60 | R$ 35,3 bilhões |
| 12/11/2025 | -0,07% | 157.632,90 | R$ 28,9 bilhões |
| 13/11/2025 | -0,30% | 157.162,43 | R$ 29,0 bilhões |
| 14/11/2025 | 0,37% | 157.738,69 | R$ 25,5 bilhões |
| 17/11/2025 | -0,47% | 156.992,93 | R$ 26,6 bilhões |
| 18/11/2025 | -0,30% | 156.522,13 | R$ 23,9 bilhões |
| 19/11/2025 | -0,73% | 155.380,66 | R$ 25,0 bilhões |
| 21/11/2025 | -0,39% | 154.770,10 | R$ 23,8 bilhões |
| 24/11/2025 | 0,33% | 155.277,56 | R$ 27,5 bilhões |
| 25/11/2025 | 0,41% | 155.910,18 | R$ 20,2 bilhões |
| 26/11/2025 | 1,70% | 158.554,94 | R$ 26,0 bilhões |
| 27/11/2025 | -0,12% | 158.359,76 | R$ 12,4 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Banco Pine (PINE4)
O Banco Pine anunciou nesta quarta-feira (26/11) uma reorganização relevante em seu ecossistema de varejo colateralizado, envolvendo a venda de sua participação de 33,01% na BYX Capital e o aumento da fatia na AmigoZ para 87,87% do capital. A transação prevê ainda o recebimento de R$ 100 milhões em caixa, sujeito a pequenos ajustes, além de um earn-out vinculado à valorização futura da BYX. Saiba mais…
Bradespar (BRAP4)
A Bradespar informou nesta quinta-feira (27/11), às 13h07, que a Câmara Baixa do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) proferiu uma decisão parcialmente favorável à companhia em um processo que discute a dedutibilidade fiscal de despesas registradas em 2018, relacionadas à Transação Extintiva de Litígio firmada com a Elétron. A autuação da Receita Federal gerou uma cobrança milionária, e agora parte da multa foi exonerada pelo órgão. Saiba mais…
Copasa (CSMG3)
A Copasa iniciou nesta quarta-feira (26/11) o envio de notificações técnicas aos municípios atendidos para esclarecer pontos fundamentais sobre um possível processo de privatização. A empresa afirmou que o movimento busca detalhar, de forma transparente, o que mudaria caso a desestatização avance — sem que isso represente uma decisão tomada. Saiba mais…
Engie Brasil (EGIE3)
A Engie Brasil Energia comunicou nesta quarta-feira (26/11) que o Sistema de Transmissão Asa Branca recebeu autorização do Operador Nacional do Sistema (ONS) para iniciar a operação comercial do trecho Morro do Chapéu II – Poções III, localizado no centro-sul da Bahia. O início da operação marca um avanço importante no cronograma do projeto, já que este trecho sozinho representa 33% da Receita Anual Permitida (RAP). Saiba mais…
Petrobras (PETR4)
A Petrobras divulga nesta quinta-feira (28/11) seu Plano Estratégico 2026-2030, em meio a um cenário desafiador marcado pelo petróleo Brent estabilizado na casa dos US$ 60 por barril e pelo receio de um ciclo prolongado de preços mais baixos. O mercado está atento a possíveis cortes de investimento, ajustes de portfólio e à nova projeção de produção — fatores que influenciam diretamente o humor dos investidores na bolsa de valores. Saiba mais…
TIM (TIMS3)
A TIM informou nesta quinta-feira (27/11), em comunicado ao mercado, que seu conselho de administração aprovou a compra de 100% da V8 Consulting, conhecida como V8.Tech, por R$140 milhões. O pagamento será efetuado no fechamento da operação e poderá ter adicionais de até R$140 milhões nos próximos seis anos, condicionados ao atingimento de metas estabelecidas. Saiba mais…
Viver (VIVR3)
A Viver registrou prejuízo líquido de R$ 5,1 milhões no terceiro trimestre de 2025, redução significativa frente às perdas de R$ 7,2 milhões no trimestre anterior e de R$ 10,4 milhões no 3T24. A melhora refletiu principalmente o controle mais rígido de despesas e ganhos de eficiência.
(Com informações da TCMover e Momento B3)