O pregão desta terça-feira (18/11) terminou com o Ibovespa (BOV:IBOV) em leve queda de 0,30%, aos 156.525 pontos, em um dia marcado pela sensibilidade do investidor após a decretação da liquidação extrajudicial do Banco Master e a prisão do CEO, Daniel Vorcaro, logo no início da manhã. O volume somou R$ 23,9 bilhões, acima da média móvel dos últimos 50 pregões (R$15,8 bilhões), enquanto o contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT) acompanhou o humor mais defensivo, refletindo o impacto direto no setor financeiro, que caiu 1,06%.
O mercado brasileiro operou em compasso de cautela, reagindo à ofensiva da Polícia Federal na “Operação Compliance Zero”, que detalhou fraudes envolvendo títulos inexistentes entre o Banco Master e o BRB. O clima político também pesou, com articulações da Câmara sobre o projeto de combate ao crime organizado e discussões no Senado sobre o Presiq, que pode beneficiar a petroquímica Braskem (BOV:BRKM5).
Lá fora, investidores acompanharam um dia sem grandes indicadores dos Estados Unidos, mas ainda atentos ao dólar norte-americano mais firme no índice DXY (CCOM:DXY), que subiu 0,04%. A China ofereceu algum alívio com o minério de ferro em alta de 1,41%, enquanto o petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) avançou 1,09%, sustentado por preocupações com sanções norte-americanas à Rússia.
Entre os destaques corporativos, o BNDES confirmou investimento de R$409 milhões na Cosan (BOV:CSAN3), conglomerado que atua em energia, logística e mobilidade com marcas como Raízen, Compass e Rumo. Nas maiores quedas do Ibovespa, lideraram MBRF (BOV:MBRF3), ligada ao setor financeiro, recuando 8,05%; Hapvida (BOV:HAPV3), operadora de saúde com planos e serviços hospitalares, caindo 5,56%; e Banco do Brasil (BOV:BBAS3), instituição financeira com amplo portfólio de crédito e serviços bancários, que caiu 2,76%.
Entre as maiores altas, Sabesp (BOV:SBSP3), companhia de saneamento que opera água e esgoto em São Paulo, caiu 2,17% entre as detratoras, enquanto as ações mais negociadas do dia incluíram empresas ligadas ao setor financeiro e energia, todas capturando o impacto direto dos desdobramentos da liquidação do Banco Master.
Os juros futuros (BMF:DI1FUT) encerraram a terça-feira (18/11) em queda moderada, acompanhando o alívio no mercado após o Tesouro Nacional vender integralmente 900 mil NTN-Bs e 900 mil LFTs. Os vértices curtos e médios recuaram entre 1 e 3 pontos-base, enquanto a ponta longa caiu até 3,5 pontos-base, refletindo ajustes técnicos e a digestão das tensões do setor financeiro. O dólar futuro (BMF:DOLFUT) caiu 0,18%, cotado a R$5,330, em linha com um enfraquecimento pontual frente ao real, mesmo com o DXY (CCOM:DXY) levemente positivo.
| Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
| 03/11/2025 | 0,61% | 150.454,24 | R$ 21,3 bilhões |
| 04/11/2025 | 0,17% | 150.704,20 | R$ 25,2 bilhões |
| 05/11/2025 | 1,72% | 153.294,44 | R$ 25,5 bilhões |
| 06/11/2025 | 0,03% | 153.338,63 | R$ 24,4 bilhões |
| 07/11/2025 | 0,47% | 154.063,53 | R$ 24,0 bilhões |
| 10/11/2025 | 0,77% | 155.257,31 | R$ 21,9 bilhões |
| 11/11/2025 | 1,60% | 157.748,60 | R$ 35,3 bilhões |
| 12/11/2025 | -0,07% | 157.632,90 | R$ 28,9 bilhões |
| 13/11/2025 | -0,30% | 157.162,43 | R$ 29,0 bilhões |
| 14/11/2025 | 0,37% | 157.738,69 | R$ 25,5 bilhões |
| 17/11/2025 | -0,47% | 156.992,93 | R$ 26,6 bilhões |
| 18/11/2025 | -0,30% | 156.522,13 | R$ 23,9 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Axia Energia (AXIA3)
A Axia Energia, sucessora direta da antiga Eletrobras, ganhou novo impulso no mercado de energia nesta segunda-feira (18/11), depois que a Fitch Ratings revisou a Perspectiva de seus ratings corporativos para “positiva”, mantendo as notas de crédito internacionais em ‘BB-’ e reafirmando o rating nacional em ‘AA(bra)’. A mudança reflete a visão da agência de que a companhia deve apresentar melhora relevante na geração de caixa e na estrutura financeira ao longo dos próximos trimestres. Saiba mais…
Azzas 2154 (AZZA3)
A Azzas 2154, dona das marcas Arezzo, Schutz e Farm, movimentou o mercado financeiro nesta terça-feira (18/11) ao anunciar que irá propor, em Assembleia Extraordinária marcada para 09 de dezembro, um aumento do limite de capital autorizado de R$ 3 bilhões para R$ 5 bilhões. O anúncio chegou ao mercado como uma sinalização de maior flexibilidade financeira — e também como combustível para novas especulações. Saiba mais…
BRB (BSLI3)
Nesta terça-feira (18/11), a Polícia Federal realizou buscas no Banco de Brasília durante a operação Compliance Zero, que prendeu o banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no mesmo dia em que o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição. A ofensiva ampliou o clima de tensão no sistema financeiro e repercutiu rapidamente entre investidores que acompanham de perto os desdobramentos envolvendo bancos listados na bolsa de valores B3. Saiba mais…
Copel
A Copel divulgou nesta segunda-feira, 17, que foi realizada a assembleia especial de acionistas preferencialistas que aprovou a ratificação da conversão mandatória da totalidade das ações preferenciais na proporção de uma nova ação ordinária e uma nova ação preferencial classe “C” (PNC) compulsoriamente resgatável.
CSN (CSNA3)
A Cia Siderúrgica Nacional entrou novamente no radar dos investidores nesta terça-feira (18/11), depois que a Moody’s Global anunciou que colocou o rating ‘Ba3’ em revisão para rebaixamento. O movimento acende um sinal de cautela no mercado, especialmente diante do enfraquecimento contínuo dos indicadores financeiros da companhia. Saiba mais…
Isa Energia (ISAE4)
A Isa Energia Brasil S.A. surpreendeu o mercado ao anunciar o início antecipado — em impressionantes 22 meses — da operação comercial do Bloco 1 do projeto Piraquê. A autorização foi concedida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em 17 de novembro, liberando a companhia para operar e ser remunerada parcialmente pelo lote 3 do leilão de transmissão 01/2022. Saiba mais…
Tupy (TUPY3)
A Tupy S.A. entrou no radar dos investidores nesta terça-feira (18/11), às 12h10, após a agência de classificação de risco Fitch rebaixar seus ratings corporativos. A nota de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local caiu de ‘BB+’ para ‘BB-’, assim como o rating das notas seniores da Tupy Overseas, que somam US$ 375 milhões e vencem em 2031. No Brasil, o Rating Nacional também recuou de ‘AAA(bra)’ para ‘AA(bra)’, com perspectiva “estável”. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo e líder no setor de metais básicos na bolsa de valores brasileira, anunciou nesta terça-feira (18/11) novos avanços nos testes com caminhões fora de estrada movidos a biodiesel e energia elétrica. As avaliações fazem parte do plano global da companhia para reduzir emissões operacionais e ampliar o uso de combustíveis renováveis em suas operações no Brasil. Saiba mais…
XP (XPBR31)
A XP Inc. divulgou nesta segunda-feira (17/11), às 10h35, um resultado robusto para o terceiro trimestre de 2025 (3T25), registrando lucro líquido ajustado de R$ 1,33 bilhão — um novo recorde para a companhia, que apresentou crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho reforça o posicionamento da empresa como uma das instituições financeiras mais rentáveis e eficientes listadas na bolsa de valores brasileira. Saiba mais…
A XP Inc. anunciou, nesta segunda-feira (17/11), um novo programa de recompra de ações de até R$ 1 bilhão, além do cancelamento de 10.970.754 ações Classe A, movimento que reduz a base acionária e sinaliza compromisso com criação de valor aos investidores na bolsa de valores brasileira. Com o cancelamento, o número total de ações caiu de 530.859.761 para 519.889.007. Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)