Curva de juros futuros recua após IPCA abaixo do esperado e ata do Copom com tom mais brando. Setores de varejo e construção civil lideram ganhos.
O Ibovespa (BOV:IBOV) emplacou nesta terça-feira (11/11) seu 15º recorde consecutivo de fechamento, encerrando o pregão aos 155.600 pontos, com alta de 0,8%. O desempenho foi impulsionado pelo alívio expressivo na curva de juros futuros, após a divulgação do IPCA de outubro abaixo das projeções do mercado e pela ata do Copom, que reforçou um tom mais brando sobre a condução da política monetária.
Juros futuros e sentimento de mercado
Os juros futuros na B3 caíram de forma generalizada, com destaque para os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27), que recuaram 1,05%, para 13,68% ao ano, e os vencimentos mais longos, como o de janeiro de 2033 (BMF:DI1F33), que fecharam em 13,37%, queda de 0,45%.
O movimento refletiu o otimismo dos investidores com a possibilidade de cortes na Selic mais cedo do que o esperado, especialmente diante de uma inflação mais controlada e de uma postura mais “dovish” do Banco Central.
Setores que puxaram a alta
Os setores sensíveis aos juros, como construção civil, varejo e consumo, lideraram as altas do dia, com empresas como Cury (BOV:CURY3), MRV Engenharia (BOV:MRVE3) e Magazine Luiza (BOV:MGLU3) figurando entre os destaques positivos.
Além disso, Petrobras (BOV:PETR4) rompeu resistência técnica e encerrou em alta consistente, acompanhada por Vale (BOV:VALE3) e pelos grandes bancos — Itaú (BOV:ITUB4), Bradesco (BOV:BBDC4) e Banco do Brasil (BOV:BBAS3) —, que sustentaram o avanço do índice.
Apoio do cenário global
No exterior, o sentimento positivo também colaborou. Investidores globais acompanharam de perto as negociações em Washington que indicaram uma possível resolução do impasse fiscal nos Estados Unidos, reduzindo o risco de shutdown do governo federal.
Com o mercado de Treasuries fechado pelo feriado do Dia do Veterano, o fluxo comprador direcionou-se a mercados emergentes, favorecendo os ativos brasileiros.
Maiores altas do dia do Ibovespa
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Braskem (BOV:BRKM5): +5,12%, impulsionada pelo avanço do preço do petróleo e expectativa de desinvestimentos.
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Magazine Luiza (BOV:MGLU3): +4,85%, refletindo o alívio na curva de juros.
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Petrobras (BOV:PETR4): +3,74%, com forte volume e rompimento de resistência técnica.
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Cury (BOV:CURY3) e MRV (BOV:MRVE3) também figuraram entre os destaques do dia, acompanhando o otimismo no setor de construção.
Maiores quedas do dia do Ibovespa
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Natura (BOV:NATU3): -3,02%, após realização de lucros recentes.
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Energisa (BOV:ENGI11): -2,10%, acompanhando movimento de ajuste no setor elétrico.
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Raízen (BOV:RAIZ4) e BRF (BOV:BRFS3) recuaram levemente após desempenho forte na semana anterior.
Indicadores e perspectiva
Com o resultado de hoje, o Ibovespa acumula ganho de 3,4% em novembro e alta de 19,8% no ano, renovando o otimismo sobre a recuperação do mercado acionário.
A combinação de inflação mais controlada, curva de juros mais leve e expectativa de Selic em queda forma o tripé que sustenta a confiança dos investidores locais e estrangeiros na bolsa de valores brasileira.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.