O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) voltou a ganhar tração em novembro, avançando 0,28% após a alta de 0,21% registrada em outubro. O dado confirma a pressão persistente sobre os custos do setor e eleva o acumulado em 12 meses para 6,41%. Esse desempenho representa uma aceleração em relação ao mesmo período de novembro de 2024, quando o índice somava alta de 6,08%.
O grupo de Materiais, Equipamentos e Serviços registrou elevação de 0,33% em novembro, superando os 0,27% observados no mês anterior. Na categoria de Materiais e Equipamentos, a variação passou de 0,29% em outubro para 0,36% neste mês. O avanço foi disseminado, com todos os quatro subgrupos apresentando aumento. O maior destaque foi o subgrupo “materiais para instalação”, cuja taxa saiu de 0,47% para 0,61%.
No grupo de Serviços, o movimento foi oposto. A taxa de variação, que havia sido de 0,08% em outubro, recuou para -0,01% em novembro, influenciada diretamente pelo item “projetos”, que reduziu sua taxa de 0,25% para 0,01%.
O índice de Mão de Obra também acelerou, registrando alta de 0,22% em novembro, acima do avanço de 0,13% observado no mês anterior. A leitura reflete um ambiente de custos mais pressionados no segmento de trabalho especializado dentro do setor.
Entre as sete capitais pesquisadas, três apresentaram aceleração: Recife, Porto Alegre e São Paulo. Já Salvador, Brasília e Belo Horizonte mostraram desaceleração em suas taxas. O Rio de Janeiro manteve a variação de 0,21%, exatamente o mesmo percentual registrado anteriormente. O comportamento desigual entre as capitais reforça um cenário misto, em que pressões localizadas convivem com sinais de alívio em determinadas regiões.
(fgv)
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