A inflação que atinge o bolso do paulistano deu um claro sinal de desaceleração em outubro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), subiu 0,27% no mês passado. Esse resultado veio bem mais tranquilo quando comparado ao aumento de 0,65% registrado em setembro e também ficou abaixo da alta de 0,52% apurada na terceira quadrissemana de outubro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (04/11).
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O comportamento dos preços em outubro pintou um cenário misto. De um lado, quatro das sete despesas familiares pesquisadas apresentaram uma clara desaceleração, trazendo alívio. Os gastos com Habitação, que haviam subido 1,66% em setembro, recuaram para uma alta de apenas 0,22% em outubro. Transportes (de 1,01% para 0,32%), Despesas Pessoais (de 0,52% para 0,26%) e Saúde (de 0,80% para 0,37%) também seguiram essa tendência de arrefecimento. Por outro lado, três categorias inverteram a trajetória e começaram a pressionar mais o orçamento. A Alimentação, que havia fechado setembro em queda de 0,52%, voltou a subir e registrou alta de 0,38%. Vestuário (de -0,03% para 0,10%) e Educação (de 0,00% para 0,03%) também aceleraram.
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No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o IPC-Fipe já registra uma alta de 3,30%. Já no olhar dos últimos doze meses, o índice encerrou outubro com uma inflação de 4,86%.
Para o mercado financeiro, uma desaceleração do IPC-Fipe, especialmente vinda de uma fundação de pesquisa respeitada, é um sinal positivo para os títulos de renda fixa atrelados à inflação. A notícia pode dar mais fôlego ao Tesouro IPCA+ e aliviar um pouco as expectativas de pressão inflacionária local. No câmbio, um ambiente de inflação mais controlada pode contribuir para um cenário de menor volatilidade para a paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL). Para a bolsa de valores, setores sensíveis a juros, como varejo e construção civil, podem encontrar um ambiente um pouco mais favorável.
A desaceleração do IPC-Fipe em outubro reforça a percepção de que a inflação local pode estar em um processo de moderação, um dado importante para o Banco Central na condução da política de juros. Embora o índice seja municipal, ele serve como um termômetro valioso para as pressões de preço no centro financeiro do país, influenciando o humor dos investidores.
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