Safra 2025/26 da Jalles Machado (JALL3) processa 7,076 milhões de toneladas de cana (-10,1%), impactada por chuvas abaixo da média; produção de açúcar VHP cresce, enquanto etanol representa 53,6% do mix
A Jalles Machado S.A. (BOV:JALL3) encerrou a safra 2025/26 em suas três unidades – Jalles Machado (UJM), Otávio Lage (UOL) e Santa Vitória (USV) – com aumento da área colhida para 94,8 mil hectares (+3,4%), mas redução no volume total de cana processada, impactado por condições climáticas adversas, informou a companhia em fato relevante divulgado ontem (18) à noite.
O processamento total de 7,076 milhões de toneladas representa queda de 10,1% em relação às 7,868 milhões de toneladas da safra 2024/25, com produtividade média de 74,5 t/ha, ante 84,5 t/ha anteriormente (-11,8%). O desempenho reflete principalmente as chuvas significativamente abaixo da média nos meses de fevereiro e março, período crítico para o desenvolvimento da cana, além de maior matocompetição em áreas de cultivo orgânico da unidade Jalles Machado.
O mix de produção fechou o ciclo com 53,6% de etanol e 46,4% de açúcar, em comparação a 55,7% e 44,3% na safra anterior. A produção total de açúcar atingiu 436,6 mil toneladas (-5,3%), sendo 78,4 mil toneladas de açúcar orgânico e 135,1 mil toneladas de açúcar VHP, que teve crescimento relevante com a operação plena da nova fábrica da unidade Santa Vitória.
“A safra 2025/26 foi desafiadora, mas seguimos firmes no plano de expansão da capacidade de moagem e no fortalecimento do manejo agronômico, mantendo disciplina nos custos operacionais e foco em ganhos de eficiência para os próximos ciclos”, afirmou a empresa em nota.
No pregão desta terça-feira (19/11), as ações JALL3 registram alta de 1,41%, cotadas a R$ 2,88, com preço de abertura em R$ 2,84, máxima do dia em R$ 2,93 e mínima em R$ 2,53. O desempenho reflete a reação positiva dos investidores frente ao crescimento do açúcar VHP, mesmo diante da redução geral na produtividade da cana.
A Jalles Machado atua no setor sucroenergético, com foco na produção de açúcar, etanol e biocombustíveis. Suas principais unidades estão localizadas em Goiás e Minas Gerais, competindo com empresas como Raízen e Usina São Martinho. Além do açúcar convencional, a companhia produz açúcar orgânico e VHP, buscando diversificação e maximização de valor.