Tendência de baixa ainda domina, mas repiques técnicos podem oferecer oportunidades rápidas de Day Trade e setups de Swing Trade.

Os contratos de juros futuros (BMF:DI1F29 e BMF:DI1F33) iniciam a quarta-feira (05/11) em leve queda, refletindo a cautela dos investidores antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para o fim do dia. O mercado de juros opera em compasso de espera, com os vértices longos da curva oscilando entre repiques técnicos e movimentos defensivos, em meio a um ambiente global de incerteza monetária.

O contrato de janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) recua 0,11%, cotado a 13,105, enquanto o de janeiro de 2033 (BMF:DI1F33) perde a mesma variação, negociado a 13,60. Apesar da leve baixa, os indicadores técnicos apontam sinais de repique. Tanto o IFR quanto o MACD sugerem retomada de força compradora, o que pode impulsionar ajustes positivos ao longo do pregão. A tendência principal segue baixista, mas o mercado parece se preparando para testar resistências importantes.

A pressão sobre os DIs é parcialmente amenizada pela queda nos rendimentos dos Treasuries americanos, com a taxa de 10 anos operando em 4,08% após o dado de emprego ADP, que deve trazer pistas sobre o ritmo de atividade nos EUA. Esse movimento reforça o tom de espera também do lado internacional, em um momento em que o Federal Reserve avalia o espaço para novos cortes de juros.

No Brasil, a expectativa majoritária é de manutenção da Selic em 15% ao ano — o maior patamar em quase duas décadas. Contudo, o foco dos traders está no comunicado do Copom. Um tom mais neutro ou indício de início do ciclo de afrouxamento apenas em 2026 pode reduzir o apetite por risco e manter a curva pressionada. Já uma sinalização mais branda sobre inflação ou atividade abriria espaço para um rali técnico nos DIs longos, especialmente no (BMF:DI1F33).

No curto prazo, o ambiente técnico reforça a possibilidade de movimentos rápidos de Day Trade. O rompimento dos 13,15 no (BMF:DI1F29) ou dos 13,65 no (BMF:DI1F33) pode acionar entradas de compra com alvos entre 13,25 e 13,75, enquanto perdas abaixo de 13,06 e 13,50 mantêm o viés vendedor em jogo. Operadores mais conservadores devem manter stops curtos e posições reduzidas até a definição da política monetária.

A relação entre o dólar e a curva de juros segue estreita. O Dólar Futuro (BMF:DOLZ25) opera a R$5.430, com tendência de correção ascendente após testar suportes técnicos nos 5.410. Um dólar mais forte tende a limitar o espaço para quedas adicionais nos DIs, principalmente se os fluxos estrangeiros perderem força com a redução da liquidez global.

O cenário também é influenciado pela postura dos investidores institucionais, que têm reduzido exposição na ponta curta e migrado gradualmente para vértices intermediários, apostando em estabilização do juro real. O volume ainda é moderado, mas a formação de novos suportes indica que o mercado começa a precificar um ciclo de estabilidade mais prolongado.

Para o Swing Trade, as oportunidades estão nas compras táticas, com entradas entre 13,55 e 13,60 no (BMF:DI1F33), mirando regiões entre 13,80 e 13,90. No (BMF:DI1F29), a faixa entre 13,06 e 13,10 representa suporte de interesse para compras de curto prazo, com stop em 12,97. Traders podem usar a volatilidade da tarde — especialmente após o Copom — para buscar ganhos rápidos, mas o gerenciamento de risco é essencial.

Com o Ibovespa estável em torno dos 150.700 pontos e o Dólar Futuro em leve queda, o mercado local mostra resiliência mesmo diante da incerteza externa. A combinação de fundamentos internos sólidos e juros elevados mantém o fluxo de capital estrangeiro no país, sustentando a percepção de que o Brasil continua sendo uma das principais apostas emergentes para o médio prazo.

O desfecho do dia dependerá do tom do Copom e do relatório ADP nos EUA. Qualquer sinal de suavização no discurso monetário, tanto aqui quanto lá fora, pode desencadear ajustes relevantes na curva de juros e abrir espaço para novas operações direcionais no Swing Trade.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.

ANÁLISE TÉCNICA COMPLETA – JUROS FUTUROS (BMF:DI1F29 | BMF:DI1F33)

O contrato futuro de juros de janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) mantém tendência de baixa consolidada pelas médias móveis de 21 e 200 períodos, refletindo o movimento corretivo iniciado após a resistência dos 13,25. O ativo opera ao redor dos 13,10 pontos, com suporte imediato em 13,06 e projeções de teste nos níveis de 12,97 e 12,80 caso o suporte ceda. O Índice de Força Relativa (IFR) e o MACD apontam para cima, sugerindo espaço para repiques técnicos, especialmente se houver fechamento acima dos 13,15 — nível que, se superado, abre caminho para movimentos em direção aos 13,25 e 13,50.

Já o contrato de janeiro de 2033 (BMF:DI1F33) também segue em trajetória descendente, sustentada por médias móveis negativas. A perda do suporte em 13,50 reforçaria o viés vendedor, com alvos técnicos em 13,38 e 13,15. Contudo, a melhora dos indicadores de momento indica possível recuperação de curto prazo. O rompimento dos 13,65 reverteria o sinal no curto prazo, mirando faixas de 13,90 a 14,10, representando um potencial de 30 a 40 pontos-base de ganho para posições compradas em Swing Trade.

No intraday, o cenário para os DIs longos sugere movimentos técnicos curtos e sensíveis às variações do Dólar Futuro (BMF:DOLZ25) e ao humor dos Treasuries americanos. O dólar iniciou o dia em leve queda (-0,20%), oscilando em torno de R$5.430, enquanto o índice futuro (BMF:WINZ25) recua 0,23%, refletindo um mercado de cautela antes do Copom. Essa combinação tende a reduzir o apetite de risco e manter a curva levemente inclinada para baixo.

Para o pregão desta quarta-feira (05/11), a estratégia mais prudente é manter uma abordagem tática. No Day Trade, traders podem explorar compras curtas nos vértices longos (DI1F33) acima de 13,60 com alvo nos 13,65 e 13,75, respeitando stops ajustados em 13,55. Vendas podem ser acionadas caso o preço perca 13,50, mirando 13,38. No Swing Trade, o foco permanece em oportunidades de repique, com entradas parciais em regiões próximas a 13,10 no DI1F29 e 13,55 no DI1F33, priorizando alvos entre 13,25 e 13,80 e stops técnicos de 20 a 30 pontos-base.

O volume negociado segue contido, refletindo a indecisão do mercado antes da decisão de política monetária. O comportamento da ponta longa da curva (vértices 2031–2035) também reforça a consolidação, com pequenas variações negativas no início do dia. O viés estrutural ainda é de baixa, mas os sinais técnicos favorecem uma recuperação tática antes do comunicado do Copom, especialmente se o tom do Banco Central for neutro ou ligeiramente dovish.

Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.