Curva de juros se estica: DI Futuro pressiona longos e reforça alerta fiscal – veja os pontos-chave desta terça-feira! Contratos de janeiro de 2029 e 2033 ampliam perdas e indicam que investidores seguem exigindo prêmios maiores diante da incerteza econômica.
O mercado de juros futuros iniciou a terça-feira (04/11) com renovação de máximas nos vértices longos, refletindo a combinação de pressão fiscal interna e movimento global de recomposição de prêmios nos Treasuries. Os contratos de Janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) e Janeiro de 2033 (BMF:DI1F33) mantêm tendência de baixa técnica, mesmo com leve alta intradiária.
O DI1F29 opera próximo a 13,12%, enquanto o DI1F33 avança para 13,60%, ampliando a diferença entre os vértices curtos e longos da curva. Essa inclinação reforça a leitura de que o mercado não enxerga espaço para cortes acelerados da Selic em 2026, projetando taxas acima de 12,5% no médio prazo.
No gráfico diário, o DI1F29 perdeu o suporte de 13,14, e a projeção de Fibonacci indica alvos em 12,97 e 12,80. Já o DI1F33, ao romper o patamar de 13,60, abre caminho para 13,38 e 13,15, consolidando a continuidade da estrutura baixista.
O dólar futuro (BMF:WDOZ25) opera em alta, negociado a R$ 5,42, refletindo a busca por proteção cambial diante da deterioração da curva de juros. O DXY (CCOM:DXY), índice que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas, sobe 0,26%, confirmando o fluxo global para ativos em dólar e reforçando o movimento de alta da moeda norte-americana frente ao real.
O comportamento conjunto do DXY e dos DI Futuros reforça o elo entre a percepção de risco doméstico e o fortalecimento do dólar. Quando o mercado revisa para cima os juros longos (DI1F33), o real tende a enfraquecer, pressionando o dólar futuro (BMF:DOLZ25), que já testa o teto do canal entre R$ 5,374 e R$ 5,435.
No exterior, a leitura de que o Federal Reserve manterá juros elevados por mais tempo impulsiona os yields dos Treasuries de 10 e 30 anos, fortalecendo a correlação positiva entre o DXY e os contratos longos brasileiros.
O Euro/Real (FX:EURBRL) segue em tendência de baixa técnica, negociado a R$ 6,19. A perda dos R$ 6,15 pode levar o par aos suportes em R$ 6,10 e R$ 5,93, enquanto um repique acima de R$ 6,24 poderia devolver força momentânea à moeda europeia.
Para swing trade, o viés segue vendedor no DI1F29 e no DI1F33, com espaço para novas mínimas. No day trade, há oportunidades de compras curtas caso haja repique acima de 13,13 (DI1F29) e 13,60 (DI1F33), respeitando stops curtos e operando dentro de faixas estreitas de volatilidade.
Com a curva longa inclinada e o dólar reagindo à pressão fiscal e política, o mercado volta a ajustar posições, enquanto investidores seguem atentos aos próximos indicadores de inflação e ao resultado da reunião do Copom que se inicia hoje.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.