Receita cresce 9% e Ebitda ajustado avança 17% no trimestre, sustentados por maior volume de vendas de papéis e embalagens.

A Klabin (BOV:KLBN11), maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25) com desempenho misto: o lucro líquido somou R$ 478 milhões, queda de 34% em relação ao 3T24, enquanto o Ebitda ajustado avançou 17%, alcançando R$ 2,117 bilhões no período.

Segundo a companhia, o aumento do Ebitda foi impulsionado sobretudo pela alta no volume de vendas e reajustes de preços no segmento de papéis e embalagens, compensando a valorização do real frente ao dólar e a queda no preço da celulose de fibra curta no mercado internacional.

A receita líquida da Klabin atingiu R$ 5,426 bilhões, crescimento de 9% sobre o mesmo período do ano anterior. “O desempenho reforça a solidez do modelo de negócios da Klabin, mesmo diante de uma conjuntura global ainda desafiadora”, afirmou a empresa em comunicado ao mercado.

A margem Ebitda ajustada chegou a 39%, alta de 3 pontos percentuais na comparação anual. A companhia também destacou a maior contribuição da unidade florestal, com aumento na venda de madeira e alienação de terras.

Do lado financeiro, a Klabin encerrou setembro/25 com dívida líquida de R$ 26,097 bilhões, redução de 12% ano contra ano. A alavancagem medida pela dívida líquida/Ebitda ajustado ficou em 3,3x, queda de 0,3 p.p. frente ao 3T24.

Às 11h14, as ações KLABIN UNIT (BOV:KLBN11) eram negociadas a R$ 18,38 (+2,22%), após abrirem o pregão a R$ 17,98. No dia, o papel oscilou entre a mínima de R$ 17,95 e máxima de R$ 18,42, refletindo a reação positiva do mercado ao avanço operacional e à melhora nas margens, mesmo com queda no lucro líquido.

A Klabin é líder em papéis para embalagens no Brasil, com operações integradas de fábricas de papel, florestas plantadas e produção de celulose. Atua nos mercados interno e externo, competindo com players como Suzano e Paper Excellence.

A queda no lucro chama atenção, mas os números operacionais reforçam que a Klabin segue blindada pela diversificação e pela demanda consistente por embalagens, um dos segmentos mais resilientes da economia real.