Contratos de DI Futuro operaram com leve inclinação na curva, refletindo ajustes técnicos, influência do câmbio e volatilidade externa ligada à política monetária dos EUA.

Os contratos de juros futuros encerraram a sessão desta quarta-feira (05/11) com leve inclinação positiva na parte curta da curva, refletindo ajustes técnicos após a recente queda das taxas e a movimentação do dólar no mercado global. No entanto, o movimento ainda se deu em um contexto de liquidez reduzida, com os investidores dividindo atenções entre a curva de juros doméstica e os desdobramentos da política monetária internacional. Na B3, os principais vencimentos do DI Futuro registraram variações discretas, acompanhando a volatilidade dos rendimentos dos Treasuries e as oscilações do câmbio. O DI com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) avançou a 10,52%, o contrato com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) ficou em 10,59%, e o contrato para janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) manteve-se próximo de 11,04%. O cenário reforça a leitura de que a curva de juros ainda precifica um ciclo mais curto de cortes na Selic, com apostas de estabilidade já a partir do primeiro semestre de 2026.

No exterior, o movimento foi ditado pela dinâmica da liquidez global e pela volatilidade dos juros futuros americanos, com o rendimento da Treasury de 10 anos oscilando próximo de 4,45%, refletindo incertezas quanto à trajetória de cortes do Federal Reserve. A valorização pontual do dólar frente às principais moedas emergentes adicionou pressão ao câmbio local, limitando o apetite por posições mais longas na curva brasileira. Além disso, o mercado de derivativos da CME indicou leve aumento nas apostas de manutenção dos juros americanos até o início de 2026, reduzindo o espaço para uma descompressão mais acentuada das taxas domésticas.

A liquidez reduzida no mercado de DI Futuro também reflete o posicionamento mais cauteloso dos investidores institucionais, que seguem atentos ao comportamento da inflação implícita e ao diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos. O spread entre o DI1F31 e o DI1F26 se manteve estável em torno de 52 pontos-base, indicando que o mercado ainda não enxerga espaço relevante para alongamento da curva de juros no curto prazo. Apesar disso, analistas avaliam que o movimento recente pode abrir janelas pontuais de oportunidade para estratégias de steepening (apostando em inclinação da curva) caso o fluxo estrangeiro volte a pressionar o câmbio.

Em termos técnicos, o volume negociado no mercado de juros futuros da B3 segue concentrado nos vértices intermediários, o que sugere preferência por operações defensivas e trades curtos, especialmente em contratos até 2027. A ausência de catalisadores domésticos mais fortes também mantém a volatilidade contida, com o mercado aguardando novas sinalizações sobre o ritmo de cortes da Selic e os próximos indicadores de inflação. Enquanto isso, a leitura macroeconômica global ainda impõe limites à compressão da curva, dado o cenário de juros elevados e política monetária restritiva nas principais economias.

No curtíssimo prazo, traders monitoram possíveis realocações de carteiras antes do vencimento do contrato de DI janeiro 2026, o que pode aumentar a volatilidade intraday. Operadores de Day Trade observam que a faixa entre 10,48% e 10,56% no DI1F26 pode funcionar como suporte técnico, enquanto a resistência imediata está em torno de 10,64%. Estratégias de Swing Trade seguem mais prudentes, priorizando setups de carry trade atrelados à curva curta e arbitragem com NTN-Bs de vencimento médio.

No panorama geral, o mercado de juros futuros continua refletindo um equilíbrio frágil entre fundamentos locais e o cenário internacional, com o câmbio e o comportamento do dólar desempenhando papel central nas expectativas de curto prazo. A liquidez global, o fluxo estrangeiro e as sinalizações do CME seguem sendo vetores-chave para os próximos movimentos da curva. Assim, a sessão de amanhã tende a ser marcada por ajustes marginais, com os investidores avaliando novos dados de atividade econômica e eventuais revisões nas apostas de Selic terminal.

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