Minério de ferro fecha com leves altas em Dalian (China) e Cingapura. Vale recua na B3 e sobe na NYSE nesta quinta-feira (27/11).
O mercado de minério de ferro encerrou a sessão desta quinta-feira (27/11) com um tom misto, mas predominância de leve alta nas principais bolsas asiáticas. A movimentação, embora modesta, ocorreu em meio a um ambiente global de liquidez reduzida por causa do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, o que diminuiu a intensidade dos fluxos internacionais. Ainda assim, a commodity encontrou suporte em um dólar mais fraco e nas expectativas de reforço da demanda chinesa.
Na Bolsa de Dalian (DCE), o contrato futuro mais negociado — vencimento em janeiro de 2026 — registrou valorização de 0,13%, encerrando o pregão diurno cotado a 797 iuanes por tonelada, equivalente a aproximadamente US$ 112,57. A movimentação reflete um mercado cauteloso, mas ainda sustentado por expectativas de estímulos industriais na China.
Já na Bolsa de Cingapura (SGX), o contrato de referência para dezembro (C0Z25) acompanhou o movimento positivo e fechou próximo de US$ 106,50 por tonelada, ligeiramente acima do dia anterior. A alta suave indica estabilidade no curto prazo, apesar das incertezas estruturais do setor de aço asiático.
A variação dos preços internacionais influenciou diretamente as ações das mineradoras. No mercado americano, a Vale (NYSE:VALE) avançou 2,54%, fechando a US$ 12,50. Já na B3, a Vale (BOV:VALE3) registrou leve queda de 0,38%, encerrando o pregão a R$ 66,33, ainda dentro de uma faixa de oscilação estreita observada nos últimos dias.
Fatores que influenciaram o movimento do minério de ferro hoje
-
Dólar mais fraco: A desvalorização da moeda americana barateou commodities precificadas em dólar, estimulando compras globais.
-
Liquidez reduzida: O feriado nos EUA diminuiu o volume de negociação e tornou o mercado mais sensível a movimentos pontuais.
-
China no radar: Investidores permanecem atentos à possibilidade de novos estímulos industriais chineses, fundamentais para a demanda de minério.
-
Oferta global ainda elevada: Produção forte de grandes mineradoras continua impondo um teto para altas mais robustas.
Desempenho de mineradoras internacionais
As ações globais de mineração mostraram direções variadas, refletindo tanto o movimento dos preços quanto particularidades de cada mercado.
Austrália – BHP Group (ASX:BHP):
O papel subiu 1,75%, fechando a 54,62, impulsionado por expectativas de fluxo constante de demanda chinesa mesmo em meio à desaceleração do aço. O volume negociado superou 2,28 milhões de ações, reforçando o interesse institucional.
Estados Unidos – Cleveland Cliffs (NYSE:CLF):
A companhia americana avançou 2,18%, encerrando o dia a US$ 12,62, acompanhando a leve recuperação do setor siderúrgico norte-americano.
Europa – ArcelorMittal (EU:MT):
As ações listadas na Europa tiveram comportamento misto. Uma das classes encerrou em alta de 2,18%, enquanto outra caiu 1,11%, refletindo divergências entre o desempenho do setor de aço europeu e o cenário de demanda global.
Reino Unido – Rio Tinto (LSE:RIO):
Os papéis negociados em Londres recuaram 1,94%, fechando a 5.355, pressionados pela volatilidade nos mercados futuros. Já o ADR listado no mercado americano avançou 1,31%, terminando o pregão em 72,00.
Impacto no mercado brasileiro
Por ser a maior empresa da bolsa de valores brasileira e um dos principais pesos no Ibovespa, a oscilação da Vale influencia diretamente o humor do mercado doméstico. O recuo leve de hoje não alterou a leitura estrutural da ação, que segue lateralizada no curto prazo. Investidores seguem monitorando não só o minério, mas também resultados de produção, expectativas para demanda global e possíveis revisões de guidance.
A leve alta do minério de ferro nesta quinta-feira (27/11) reforça o cenário de estabilidade moderada para as commodities metálicas, mesmo diante de incertezas na demanda chinesa e da menor liquidez global. Para acompanhar os preços em tempo real e entender como o minério influencia diretamente o desempenho da bolsa brasileira, acesse a Central de Commodities da ADVFN.
Principais mineradoras globais
Além do desempenho diário, investidores seguem atentos aos relatórios de produção de grandes mineradoras. Rio Tinto (LSE:RIO) e BHP (ASX:BHP) continuam focadas em estratégias de eficiência operacional e redução de custos diante da perspectiva de mercado mais apertado em 2026. Já a ArcelorMittal (EU:MT) continua ajustando seu ritmo de produção para equilibrar margens em um ambiente de volatilidade nos preços do aço.
Na América do Norte, a Cleveland Cliffs (NYSE:CLF) reforça sua posição como principal fornecedora de aço para o setor automotivo, beneficiando-se da retomada gradual da indústria. No Brasil, a CSN Mineração (BOV:CMIN3) segue pressionada, com o papel recuando 0,37% no último fechamento, alinhada ao enfraquecimento momentâneo da demanda local e internacional.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.