Minério de ferro fecha em leve alta em Dalian (China) e em queda em Singapura. Ações da Vale recuam levemente na B3 e sobem na NYSE nesta terça-feira (11/11).

O mercado global de minério de ferro encerrou o pregão desta terça-feira em tom de cautela e variações modestas, com os investidores avaliando possíveis novos estímulos econômicos da China diante de uma demanda ainda contida no setor de aço. As negociações seguiram em faixa estreita de preços, refletindo o equilíbrio entre expectativas positivas e preocupações estruturais.

Desempenho do minério de ferro

Na Bolsa de Dalian (China), o contrato mais negociado de janeiro de 2026 fechou com leve alta de 0,20%, cotado a 766,5 iuanes por tonelada. Já na Bolsa de Singapura (SGX), o contrato para dezembro de 2025 recuou 0,69%, sendo negociado a US$ 101,45 por tonelada ao final do pregão.

Os preços oscilaram dentro de uma margem estreita, com mínima de US$ 100,80 e máxima de US$ 102,20, refletindo baixa liquidez e sentimento misto entre traders e fundos de commodities.

Fatores que influenciaram o mercado

  • Expectativa por estímulos chineses: O mercado segue atento às possíveis novas medidas de suporte econômico do governo de Pequim, que podem incluir incentivos ao setor imobiliário e à infraestrutura.

  • Demanda ainda enfraquecida: Apesar do otimismo com o lado fiscal, o consumo de aço permanece limitado, pressionado pela desaceleração da construção civil e restrições ambientais para redução das emissões industriais.

  • Oferta constante: As grandes mineradoras mantêm seus níveis de produção estáveis, o que ajuda a conter avanços mais expressivos nos preços.

Vale (VALE3) e desempenho no Brasil

As ações ordinárias da Vale (BOV:VALE3) recuaram 0,26%, fechando o dia a R$ 65,04 na bolsa de valores brasileira (B3). Apesar da leve queda, o papel segue sustentado por fundamentos sólidos e expectativa de recuperação gradual dos preços do minério no fim do ano. O volume financeiro foi de R$ 25,5 milhões.

Segundo analistas, o papel teve realização de lucros após alta recente, mas continua em faixa técnica de suporte, o que pode atrair investidores posicionados no médio prazo.

Vale (NYSE:VALE) em Nova York

Na bolsa de valores de Nova York (NYSE), os papéis da Vale (NYSE:VALE) registraram alta de 0,33%, cotados a US$ 12,34. O movimento reflete o maior apetite internacional por commodities, impulsionado pelo enfraquecimento do dólar e pela expectativa de estabilidade monetária nos Estados Unidos.

Outras mineradoras globais

  • BHP (ASX:BHP): As ações da mineradora australiana subiram 0,04%, a A$ 55,88, acompanhando a ligeira melhora dos preços em Dalian.

  • Rio Tinto (LSE:RIO): A companhia avançou 0,09%, sendo negociada a £70,35, apoiada por expectativas de novos contratos de fornecimento à Ásia.

  • ArcelorMittal (EU:MT): A gigante siderúrgica europeia fechou em alta de 1,32%, cotada a €34,42, refletindo o avanço dos preços do aço no mercado europeu.

  • Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF): As ações caíram 1,07%, a US$ 10,21, acompanhando a retração das siderúrgicas norte-americanas.

No Brasil, CSN Mineração (BOV:CMIN3) teve alta de 1,79%, encerrando a R$ 5,68, impulsionada pela recuperação parcial do minério na China e pela leitura positiva dos investidores sobre os custos operacionais da companhia.

Panorama e perspectivas do mercado de minério de ferro

Mesmo com a volatilidade contida, o mercado de minério de ferro continua sendo termômetro fundamental para o desempenho das bolsas de valores ligadas a commodities. O equilíbrio entre estímulos governamentais e a desaceleração da demanda define o sentimento global de risco no curto prazo.

Especialistas projetam que o ativo poderá voltar a testar o patamar de US$ 105 por tonelada, caso Pequim confirme medidas de estímulo antes do final de dezembro.

Acompanhe em tempo real os preços das commodities globais, inclusive minério de ferro (CCOM:IRON), na Central de Commodities da ADVFN.