Minério de ferro fecha em queda em Dalian e Cingapura, pressionado por estoques elevados e desaceleração da atividade industrial na China. Vale recua na B3 (BOV:VALE3) e na NYSE (NYSE:VALE).
O mercado de minério de ferro encerrou esta terça-feira (04/11) em terreno negativo, ampliando as perdas da véspera, diante da combinação entre demanda chinesa enfraquecida, estoques elevados nos portos e preocupações com o ritmo mais lento da indústria do país.
Os contratos futuros do minério voltaram a cair nas bolsas da China e de Cingapura, refletindo o ambiente de menor otimismo com o setor siderúrgico global.
Preços do Minério de ferro nesta terça-feira (04/11)
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Bolsa de Dalian (DCE): o contrato mais negociado, com vencimento em janeiro de 2026, manteve a tendência de baixa, fechando a 782,5 iuanes por tonelada métrica, equivalente a US$ 109,88 por tonelada.
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Bolsa de Cingapura (SGX): o contrato de referência para dezembro de 2025 encerrou o pregão cotado a US$ 103,80 por tonelada, em queda de 1,19%.
A pressão veio principalmente da desaceleração da atividade fabril chinesa, que apresentou expansão em ritmo mais lento em outubro, segundo pesquisas do setor privado. Os estoques de minério seguem em alta nos portos do país, alimentados por fortes importações e menor consumo interno de aço.
Fatores que influenciaram o mercado hoje
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Atividade industrial chinesa mais fraca, com novos pedidos em desaceleração.
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Estoques elevados de minério nos portos, reduzindo a demanda spot.
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Produção de aço em queda, segundo dados da Associação de Ferro e Aço da China.
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Dólar forte no exterior, limitando ganhos de commodities metálicas.
Impacto na Vale e no setor de mineração brasileiro
As ações da Vale (BOV:VALE3) recuaram 1,12%, fechando a R$ 64,48 na B3, acompanhando a desvalorização da commodity.
Nos Estados Unidos, Vale (NYSE:VALE) caiu 2,13%, cotada a US$ 11,94, refletindo o movimento global negativo para as mineradoras.
Apesar do ajuste de curto prazo, analistas destacam que os fundamentos da empresa permanecem sólidos após o lucro líquido de R$ 14,9 bilhões no 3T25 e o avanço em projetos de tecnologia e eficiência operacional.
A CSN Mineração (BOV:CMIN3) também acompanhou o cenário e fechou o dia com queda de 2,13%, cotada a R$ 5,97, em linha com o movimento do minério.
Mineradoras globais também recuam
O ambiente negativo foi generalizado no setor de mineração internacional.
Na Austrália, BHP Group (ASX:BHP) caiu 1,55%, enquanto a Rio Tinto (ASX:RIO) recuou 1,64%, com os investidores ajustando expectativas sobre embarques e margens.
Na Europa, ArcelorMittal (EU:MT) encerrou em baixa de 3,30%, pressionada por custos de energia e demanda fraca no continente.
Nos Estados Unidos, Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) desabou 9,69%, refletindo revisões negativas de analistas após resultados trimestrais abaixo do esperado.
Perspectivas e tendências do mercado de minério de ferro
Apesar da fraqueza recente, o minério de ferro segue demonstrando resiliência em 2025, mantendo-se acima dos US$ 100 por tonelada na maior parte do ano. O mercado, porém, deve permanecer volátil, reagindo às decisões de política industrial chinesa e às negociações da Opep+ que podem influenciar custos energéticos da mineração.
Com o foco em eficiência e sustentabilidade, gigantes do setor seguem investindo em Mineração 4.0, com uso crescente de inteligência artificial, automação e gêmeos digitais em operações globais.
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