Minério de ferro encerra o dia em leve baixa nas bolsas de valores Dalian e Singapura. Ações da Vale sobem na B3 e em Nova York, acompanhando alta de Rio Tinto e BHP no exterior.
O mercado de minério de ferro iniciou a semana em leve queda, refletindo a continuidade das preocupações com a demanda enfraquecida de aço na China e o aumento dos estoques portuários no país. Mesmo com o desempenho misto da commodity, as principais mineradoras globais encerraram o dia em alta, impulsionadas por expectativas de diversificação de mercados e ajustes técnicos nas bolsas internacionais.
Desempenho do Minério de Ferro
Nos principais mercados asiáticos, o minério de ferro manteve a tendência de baixa observada nos últimos dias.
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Bolsa de Dalian (China): o contrato de referência para janeiro de 2026 encerrou o pregão com leve queda de 0,07%, cotado a 765 iuanes por tonelada (aproximadamente US$ 107,40).
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Bolsa de Singapura (SGX): o contrato dezembro de 2025 foi negociado próximo de US$ 102 por tonelada, também em leve recuo no dia.
O movimento reflete a pressão sobre as siderúrgicas chinesas, que continuam reduzindo o ritmo de compra de minério devido à fraqueza do setor imobiliário e à política de controle de emissões industriais.
Fatores que influenciaram o mercado:
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Queda na demanda de aço na China;
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Estoques portuários elevados;
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Produção siderúrgica limitada por medidas ambientais;
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Expectativas de recuperação gradual da demanda na Índia e no Sudeste Asiático.
🇧🇷 Vale (BOV:VALE3) | (NYSE:VALE)
Apesar da fraqueza do minério, as ações da Vale apresentaram alta moderada nesta segunda-feira (10/11).
Na bolsa de valores brasileira (B3), VALE3 avançou 0,66%, cotada a R$ 65,21, após oscilar entre R$ 64,91 e R$ 65,54.
Na bolsa de Nova York (NYSE), os recibos da mineradora (VALE) subiram 0,59%, fechando a US$ 12,22, acompanhando o bom desempenho do setor no exterior.
A companhia segue ampliando esforços para diversificar mercados e expandir operações fora da China, mirando principalmente a Índia, cuja demanda por aço deve crescer mais de 7% ao ano até 2030.
Mineradoras Internacionais
🔹 Austrália: A BHP Group (ASX:BHP) encerrou o pregão em alta de 1,52%, a US$ 56,00, impulsionada pelo otimismo em torno do crescimento global da demanda por minério de alta qualidade.
🔹 Reino Unido: A Rio Tinto (LSE:RIO) também avançou 1,33%, fechando a US$ 70,25, beneficiada pela melhora nas projeções de exportação e pela estabilização do câmbio australiano frente ao dólar.
🔹 Europa: A ArcelorMittal (EU:MT) subiu 1,05%, cotada a US$ 39,57, refletindo expectativas de retomada gradual na produção europeia e o impacto positivo das recentes medidas de incentivo ao setor industrial da zona do euro.
🔹 Estados Unidos: A Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) destoou do movimento global e caiu 0,77%, para US$ 10,34, pressionada pela desaceleração da produção de aço nos EUA e pela redução da margem operacional no trimestre.
Panorama e Perspectivas
Embora o minério de ferro siga pressionado por fundamentos negativos de curto prazo, o mercado global mostra sinais de ajuste técnico e rotação setorial, com investidores voltando a posicionar-se em mineradoras que mantêm eficiência operacional e diversificação geográfica.
Para o Brasil, a recuperação das ações da Vale e o fluxo positivo para o setor de mineração reforçam o papel estratégico das commodities no desempenho da bolsa de valores (B3) e na balança comercial brasileira.
📊 Acompanhe o desempenho do minério de ferro e de outras commodities em tempo real na Central de Commodities da ADVFN.