Ações da companhia despencam com realização de lucros após divulgação de balanço, enquanto varejistas e industriais ampliam as perdas. Magazine Luiza, Braskem, Lojas Renner e Brava Energia completam o ranking negativo.
A quinta-feira (06/11) foi marcada por forte realização de lucros na bolsa de valores brasileira, com o Índice Bovespa (BOV:IBOV) encerrando o pregão em queda, pressionado por baixas generalizadas em setores de consumo, varejo e indústria. O destaque negativo ficou com Minerva (BOV:BEEF3), cujas ações despencaram 13,48%, liderando as perdas do dia após a divulgação de seu balanço do terceiro trimestre de 2025, que, apesar de positivo, motivou investidores a embolsar ganhos recentes.
A Minerva Foods, uma das maiores exportadoras de carne bovina da América do Sul, atua no setor de alimentos e agronegócio, com marcas reconhecidas como Minerva, Estância 92 e Minerva Angus. A companhia reportou lucro líquido de R$ 120 milhões, alta de 27,6% em relação ao ano anterior, e receita recorde de R$ 15,5 bilhões. Mesmo assim, analistas interpretaram o resultado como já precificado, levando a uma forte correção nas ações.
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Na análise técnica, Minerva (BOV:BEEF3) perdeu o suporte imediato em R$ 6,00, abrindo espaço para novas quedas rumo à faixa dos R$ 5,60, onde encontra suporte mais firme. O volume vendedor intenso e o rompimento das médias móveis de curto prazo indicam enfraquecimento da tendência de alta observada nas últimas semanas. Um eventual retorno acima de R$ 6,40 poderia sinalizar recuperação, mas, por enquanto, o viés segue negativo.
Outra forte queda do dia veio de Magazine Luiza (BOV:MGLU3), que afundou 8,58%. A varejista, conhecida por operar no setor de e-commerce e lojas físicas com marcas como Época Cosméticos e Netshoes, sofreu pressão com o cenário macroeconômico mais apertado, especialmente após a curva de juros futuros indicar elevação nas projeções de custo de crédito. O movimento reforça a cautela dos investidores com empresas mais sensíveis à renda e ao consumo.
Em terceiro lugar entre as maiores quedas do Ibovespa apareceu Braskem (BOV:BRKM5), do setor químico e petroquímico, que recuou 5,50%. A companhia, controlada pela Novonor e Petrobras, é líder na produção de resinas termoplásticas e enfrenta incertezas com o impasse em torno da sua venda e com volatilidade no preço do petróleo (CCOM:OILBRENT), o que afetou o sentimento do mercado.
A quarta maior baixa foi da Lojas Renner (BOV:LREN3), com recuo de 5,82%. A varejista de moda, dona também das marcas Camicado e Youcom, foi penalizada por expectativas de desaceleração no consumo interno e pelo aumento nas taxas de juros reais, que reduzem o apetite por risco em empresas de varejo. O papel vinha de uma sequência positiva e agora passa por correção técnica.
Fechando o top 5 de quedas, Brava Energia (BOV:BRAV3) despencou 6,58%. A empresa do setor de energia, que atua em exploração e produção de petróleo e gás, divulgou lucro de R$ 120,7 milhões no trimestre, mas o resultado caiu 75,8% em relação ao ano anterior, impactado por despesas financeiras extraordinárias. A leitura do mercado foi negativa, provocando forte ajuste nas cotações.
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Entre as blue chips, Vale (BOV:VALE3) caiu 0,35%, acompanhando a desvalorização do minério de ferro no exterior. A mineradora, que atua na extração de minério e na produção de níquel e cobre, também anunciou a recompra de 89 milhões de debêntures perpétuas, operação de R$ 3,7 bilhões que foi interpretada pelo mercado como positiva para sua estrutura de capital, mas insuficiente para impulsionar as ações no curto prazo.
Já Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) encerrou o dia com leve alta — de 0,52% nos papéis preferenciais — resistindo ao clima negativo. O movimento foi sustentado pela recuperação leve do petróleo tipo Brent (CCOM:OILBRENT), após recentes quedas. A estatal, do setor de energia e petróleo, também foi destaque entre as notícias corporativas, após a renúncia de uma integrante do Conselho Fiscal.
No setor financeiro, o dia foi de leve pressão vendedora. Bradesco (BOV:BBDC3) | (BOV:BBDC4) e Banco Santander Brasil (BOV:SANB11) recuaram 0,31% e 0,89%, respectivamente, refletindo ajustes de portfólio e expectativas moderadas com a recuperação da margem financeira. Já BTG Pactual (BOV:BPAC11) caiu 0,34%, acompanhando o movimento mais cauteloso no segmento de bancos de investimento.
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