Potencial aquisição envolve 17 aeroportos no Brasil e hubs internacionais; companhia reforça que ainda não há acordo vinculante.
A Motiva Infraestrutura de Mobilidade S.A. (BOV:MOTV3) informou na noite de quarta-feira (05/11) que está em tratativas finais para uma possível venda de seus ativos aeroportuários, incluindo 17 aeroportos no Brasil e operações internacionais no Equador, Costa Rica e Curaçao. O Grupo Aeroportuario del Sureste (Asur) surgiu como um dos potenciais compradores na reta final das negociações.
Apesar do avanço, a companhia destacou que não há, até o momento, qualquer documento assinado que represente compromisso vinculante entre as partes.
A movimentação coloca a Motiva no centro de uma disputa entre grandes players do setor aeroportuário. Além da Asur, Aena (Espanha) e Corporación América Airports (Argentina) também chegaram a apresentar propostas, segundo fontes citadas pela Reuters.
A Asur, entretanto, teria superado as ofertas das concorrentes, ampliando sua posição como favorita no processo, que pode representar uma das maiores transações recentes do setor de infraestrutura na bolsa de valores brasileira (B3).
A possível venda ocorre em um momento em que a Motiva busca reduzir alavancagem, otimizar portfólio e direcionar capital para projetos com retorno operacional mais previsível. Para investidores, a operação pode destravar valor, dependendo dos termos financeiros finais.
Até agora, a empresa não divulgou valores estimados da transação.
No pregão desta quinta-feira (06/11), as ações MOTV3 registraram leve queda de 0,56%, negociadas a R$ 15,94, após abrirem o dia a R$ 16,14. O papel variou entre R$ 15,88 e R$ 16,14 na faixa intradiária. O volume negociado alcançou 1,32 milhão de ações.
A oscilação sugere que o mercado aguarda mais clareza sobre valores e condições antes de precificar completamente o potencial impacto da operação.
A Motiva opera concessões de infraestrutura de mobilidade, com foco em aeroportos regionais e hubs internacionais. Atua no setor de logística e transporte, competindo com grupos como CCR (CCRO3) e Aena Brasil, além de operadores globais privados.