O Banco da Inglaterra (BoE) decidiu nesta quinta-feira (06/11) manter sua taxa básica de juros inalterada em 4%, com uma votação apertada de 5 votos a 4 no Comitê de Política Monetária (MPC). A decisão reforça o tom cauteloso da autoridade monetária, que busca equilibrar o combate à inflação com o risco de esfriar ainda mais a economia do Reino Unido.

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Em comunicado, o BoE destacou que os riscos inflacionários estão mais equilibrados, mas ponderou que “são necessárias mais evidências antes de um novo afrouxamento da política monetária”. O movimento marca a segunda reunião consecutiva sem alterações, após os cortes realizados em maio e agosto.

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Segundo o Banco, “a inflação medida pelo IPC atingiu seu pico”, sinalizando que o processo de desinflação está em andamento. A instituição também observou “progresso contínuo na desinflação subjacente e sinais de folga no mercado de trabalho”, sugerindo que a política restritiva vem surtindo efeito.

Apesar disso, quatro membros do Comitê defenderam um novo corte de 25 pontos-base, para 3,75%, citando tendências desinflacionárias já estabelecidas e preocupações com a fraca demanda. O placar dividido reforça a percepção de que a autoridade monetária está se aproximando do ponto de inflexão no ciclo de juros.

Para os mercados, a manutenção dos juros tende a gerar volatilidade na libra esterlina (FX:GBPUSD) e nos títulos públicos britânicos (gilts), à medida que investidores ajustam suas apostas sobre o início do próximo ciclo de cortes. Já na bolsa de valores de Londres (LSE), o índice FTSE 100 (LSE:UKX) pode reagir positivamente ao sinal de que o BoE reconhece avanços no controle da inflação, mesmo mantendo a postura vigilante.

No contexto atual do mercado financeiro global, a decisão do Banco da Inglaterra reforça a narrativa de que os principais bancos centrais estão próximos de encerrar seus ciclos restritivos. Esse posicionamento tende a influenciar as expectativas para os contratos futuros de juros (BMF:DI1FUT) e para o comportamento de moedas emergentes, como o real brasileiro (FX:USDBRL), sensíveis ao diferencial de juros com economias desenvolvidas.

 

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