Os números do comércio exterior chinês para outubro chegaram trazendo sinais mistos para a economia global. De acordo com a Administração Geral de Alfândegas do país, o superávit comercial ficou em US$ 90,07 bilhões no mês passado. Esse valor, embora monumental, ficou ligeiramente abaixo do registrado em setembro, que foi de US$ 90,45 bilhões, e também não atingiu as projeções do mercado, que esperavam um resultado mais robusto.
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A análise dos componentes revela um quadro de desaceleração. Medidas em dólares, as exportações chinesas apresentaram uma contração de 1,1% na comparação com outubro do ano anterior. Já o ritmo das importações, que havia subido expressivos 7,4% em setembro, desacelerou fortemente para um crescimento de apenas 1% no mesmo tipo de comparação anual. Quando observados os valores em moeda local, o yuam, o cenário é similar: o superávit foi de 640,4 bilhões de yuans, com as exportações recuando 0,8% e as importações avançando 1,4%.
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Este desempenho mais fraco do comércio chinês pode ter reflexos importantes nos mercados financeiros globais. Uma desaceleração na China, a segunda maior economia do mundo, costuma ser interpretada como um sinal de menor demanda por commodities e bens intermediários, o que pode pressionar as bolsas de valores de países exportadores, como o Brasil. No câmbio, um superávit menor pode influenciar a força relativa do yuan frente ao dólar norte-americano (FX:USDBRL), com efeitos indiretos sobre outras moedas emergentes. No mercado de títulos, a notícia pode reforçar expectativas de estímulos adicionais por parte do governo chinês.
No contexto atual, os dados comerciais da China são um termômetro crucial para o sentimento de risco global. Um comércio exterior menos aquecido pode adicionar um componente de cautela aos investidores, que já monitoram de perto os indicadores das principais economias. Esta notícia ganha relevância extra ao ser analisada em conjunto com a performance de commodities sensíveis ao crescimento chinês, como o Cobre (CCOM:COOPER), e de índices acionários asiáticos, que podem sentir os efeitos desta divulgação.
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