O índice de preços ao produtor (IPP) do Japão registrou alta de 2,7% em outubro na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme relatório divulgado pelo Banco do Japão nesta quinta-feira (13/11). O resultado veio acima das expectativas do mercado, embora represente uma leve desaceleração frente ao aumento de 2,8% observado em setembro. Na base mensal, o indicador avançou 0,4%.

O documento também apontou que o índice de preços de exportação japonês — medido em moeda contratual — cresceu 1,2% no acumulado de 12 meses, com alta de 1,0% em outubro. Já os preços de importação recuaram 2,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, mas apresentaram uma elevação de 0,7% na variação mensal.

A leitura do IPP é acompanhada de perto pelos investidores, pois serve como um termômetro antecipado da pressão inflacionária sobre o setor corporativo. Uma alta persistente pode afetar os lucros das empresas japonesas listadas na bolsa de valores de Tóquio, com reflexos sobre o índice Nikkei 225 (INDEX:NKY). No curto prazo, a desaceleração do IPP pode aliviar parte da pressão sobre o Banco do Japão, que vem enfrentando o desafio de equilibrar estímulos econômicos e estabilidade cambial.

No cenário atual, a divulgação desses dados ocorre em um momento de volatilidade no iene (FX:USDJPY), que tem reagido às expectativas de política monetária global. O desempenho do índice Nikkei 225 (INDEX:NKY) poderá refletir essa combinação de inflação moderada e perspectiva de política monetária mais previsível, o que tende a influenciar também os fluxos de capital estrangeiro para o mercado japonês.

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