O mercado imobiliário do Reino Unido apresentou um sinal de vigor expressivo em outubro. O Índice de Preços de Imóveis da Halifax registrou um salto mensal de 1,9%, elevando o preço médio de uma casa para £299.862. Este não é um movimento qualquer: trata-se do crescimento mais forte observado desde janeiro. Na comparação com setembro, a alta foi de 0,6%, enquanto em relação ao trimestre anterior, os preços subiram 0,5%.

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Apesar do cenário aparentemente positivo, especialistas alertam para os obstáculos que ainda pesam sobre os potenciais compradores. Amanda Bryden, chefe de hipotecas do Halifax, comentou a situação: “Não há dúvida de que a acessibilidade financeira continua sendo um desafio para muitos. As taxas médias de hipotecas fixas estão atualmente em torno de 4% e provavelmente cairão ainda mais, mas com os preços dos imóveis em níveis recordes, mudar de casa pode parecer um grande esforço”. Ela acrescentou: “O aumento dos custos de itens essenciais do dia a dia também está reduzindo a renda disponível, o que afeta o quanto as pessoas estão dispostas ou podem gastar em um novo imóvel.”

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Este dado robusto do setor imobiliário pode ter efeitos ambíguos sobre a bolsa de valores do Reino Unido, representada pelo índice FTSE 100 (LSE:UKX). Por um lado, a força no mercado de habitação sugere resiliência econômica, o que pode ser interpretado positivamente. Por outro, a persistência da inflação em itens essenciais, mencionada no relatório, pode reforçar a cautela do Banco da Inglaterra em relação ao corte de taxas de juros. Um ambiente de juros mais alto por mais tempo tende a pressionar os valuations das ações, especialmente de setores sensíveis a custos de financiamento, como o de bens de consumo e de construção cíclica.

No contexto atual, a notícia reforça um cenário de “dupla-face” para a economia britânica. Enquanto o mercado imobiliário mostra vitalidade, a pressão sobre o orçamento das famílias, devido à inflação e aos custos de financiamento, atua como um freio. Para o investidor, isso significa observar de perto os próximos comunicados de política monetária do Banco da Inglaterra, pois qualquer sinal de alívio nos juros poderia dar um novo fôlego ao mercado, enquanto a manutenção do cenário atual deve manter a volatividade.

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