O pagamento do 13º salário promete movimentar fortemente a economia brasileira em 2025. Segundo estimativas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o benefício pode injetar até R$ 369,4 bilhões no mercado, valor equivalente a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O montante contemplará trabalhadores formais, empregados domésticos, aposentados e pensionistas de regimes públicos e privados. No total, cerca de 95,3 milhões de brasileiros devem ser favorecidos, com rendimento médio adicional de R$ 3.512,00.

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Entre os beneficiados, 59,5 milhões de pessoas — ou 62,5% do total — são trabalhadores do mercado formal. Já os 34,8 milhões de aposentados e pensionistas da Previdência Social (INSS) representam 36,6% dos contemplados. Outros 915,5 mil brasileiros (ou 1%) fazem parte do Regime Próprio da União. O levantamento, porém, não inclui autônomos, informais e trabalhadores sem carteira assinada, já que não há dados consolidados sobre pagamentos de abonos de fim de ano nesse grupo.

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De acordo com o DIEESE, cerca de R$ 260 bilhões, o que corresponde a 70,4% do total, serão destinados a empregados formais — incluindo domésticos —, enquanto os R$ 109,5 bilhões restantes (29,6%) irão para aposentados e pensionistas. Somente os beneficiários do INSS receberão R$ 64,8 bilhões, enquanto os aposentados e pensionistas da União devem receber R$ 9,9 bilhões (2,7%). Os regimes estaduais terão desembolso de R$ 20,5 bilhões (5,6%), e os regimes municipais, R$ 14,2 bilhões.

Os cálculos foram elaborados com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego, além de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

O pagamento do 13º salário será dividido em duas parcelas: a primeira deve ser paga até sexta-feira (28/11), último dia útil de novembro, e a segunda até sábado (20/12).

A expectativa é que o fluxo adicional de recursos estimule o consumo e a arrecadação de impostos, beneficiando o varejo, o setor de serviços e, consequentemente, a bolsa de valores (BMF:INDFUT | BOV:IBOV). Esse impulso de fim de ano também tende a aliviar momentaneamente a pressão sobre a inadimplência e a impulsionar a confiança do consumidor, em um cenário de juros ainda elevados e inflação sob controle.

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