Ações do varejo e da siderurgia puxaram o índice para baixo, enquanto investidores reagiram a balanços recentes e ajustes técnicos após altas acumuladas na bolsa de valores.

O Ibovespa (BOV:IBOV) encerrou a quarta-feira (05/11) em leve baixa, pressionado por movimentos de realização de lucros em papéis que vinham em forte valorização e pela reação a balanços corporativos mistos divulgados nos últimos dias. Entre as principais quedas do pregão, destaque para o Grupo Pão de Açúcar (BOV:PCAR3), que liderou as perdas do dia ao despencar 5,05%, seguido por CSN (BOV:CSNA3), Yduqs (BOV:YDUQ3), Motiva Infraestrutura (BOV:MOTV3) e Raízen (BOV:RAIZ4).

O Grupo Pão de Açúcar, tradicional empresa do setor de varejo alimentar e controladora de marcas como Pão de Açúcar, Extra e Minuto Pão de Açúcar, viu suas ações recuarem fortemente mesmo após divulgar resultados positivos no terceiro trimestre de 2025. A companhia registrou lucro líquido de R$ 137 milhões, revertendo prejuízo do mesmo período do ano passado, mas o mercado adotou postura cautelosa diante de preocupações com a recuperação das vendas e da margem operacional no segmento de hipermercados.

Na sequência das perdas, a Companhia Siderúrgica Nacional (BOV:CSNA3), um dos principais nomes do setor de siderurgia e mineração brasileiro, caiu 4,60%. Apesar de ter surpreendido positivamente com lucro líquido de R$ 76 milhões no terceiro trimestre, investidores realizaram lucros após a recente escalada dos papéis, pressionados também pela leve correção no preço do minério de ferro. O movimento refletiu a percepção de que a recuperação do setor ainda depende de uma retomada mais consistente da atividade global.

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Outra queda expressiva foi registrada por Yduqs (BOV:YDUQ3), gigante do setor de educação e dona de marcas como Estácio, Ibmec e Wyden. As ações recuaram 2,37%, refletindo o sentimento mais defensivo dos investidores diante da expectativa de desaceleração no ritmo de matrículas e margens mais pressionadas no segmento de ensino superior privado.

Motiva Infraestrutura (BOV:MOTV3), empresa que atua na construção e operação de ativos de energia e logística, também encerrou o pregão entre as maiores baixas, com retração de 1,35%. O papel, que vinha em sequência positiva, foi impactado por ajustes técnicos e movimentos de realização após as recentes altas acumuladas.

Fechando o grupo das cinco maiores quedas, Raízen (BOV:RAIZ4) recuou 1,09%. A companhia, que atua na produção e distribuição de biocombustíveis, etanol e energia renovável, teve um pregão negativo mesmo após divulgar bons números operacionais. Analistas apontaram que o desempenho reflete a cautela do mercado com o setor de combustíveis, em meio a dúvidas sobre a política de preços e margens de refino.

Entre as gigantes da bolsa de valores, Vale (BOV:VALE3) encerrou a sessão em queda de 1,72%, acompanhando o recuo das commodities metálicas no exterior. A mineradora, maior exportadora de minério de ferro do país, foi penalizada por um dia de ajuste nos preços internacionais e pela percepção de que o enfraquecimento da demanda chinesa ainda limita o potencial de alta dos papéis no curto prazo. Já Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) também registrou leve baixa de 1,81% e 1,98%, respectivamente, após ganhos recentes. O movimento refletiu a volatilidade do petróleo (CCOM:OILBRENT) e a atenção dos investidores a decisões judiciais e discussões sobre dividendos.

O setor financeiro também teve um dia de correção moderada. As ações de Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Bradesco (BOV:BBDC3) | (BOV:BBDC4) e Banco do Brasil (BOV:BBAS3) encerraram em leve baixa, refletindo o ajuste técnico após a divulgação de balanços sólidos. O mercado segue atento à margem financeira e ao comportamento da inadimplência, que continuam no radar dos investidores para o fim do ano.

Mesmo com as baixas pontuais, analistas destacam que o movimento reflete um ajuste natural após as recentes valorizações do Ibovespa, que segue acumulando ganhos robustos no trimestre. A correção técnica, segundo operadores, não altera o cenário de otimismo moderado para o fim de 2025, especialmente diante da expectativa de cortes adicionais na taxa básica de juros (BMF:DI1F29).

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.