Em dia de relatório de emprego não-agrícola e índice de atividade industrial Fed Filadélfia nos Estados Unidos, Dow Jones Futuro sobe 0,59% nos futuros. S&P 500 Futuro avança 0,51%. Já o Nasdaq Futuro ganha 0,46% no início do pregão desta quinta-feira.
Nesta quinta-feira (20/11), às 10h30 (horário de Brasília), o mercado norte-americano recebeu de uma só vez um verdadeiro pacote completo de dados sobre emprego e atividade econômica – o famoso payroll e seus componentes, além do índice regional de atividade do Fed da Filadélfia. Foi o tipo de manhã que deixa todo investidor grudado na tela, porque esses números costumam ditar o humor de Wall Street pelo resto do dia (e muitas vezes da semana).
O grande protagonista foi o relatório de emprego não-agrícola (o famoso payroll): foram criadas 119 mil vagas em setembro, número bem acima dos 53 mil que o consenso esperava e que traz um alívio depois do dado anterior (revisado para apenas -4 mil). O setor privado gerou 97 mil postos (contra 62 mil esperados), e até o governo, que vinha cortando vagas, surpreendeu positivamente com +22 mil. Não é um número explosivo, mas é suficiente para afastar o fantasma imediato de recessão e mostrar que o mercado de trabalho norte-americano ainda respira – mesmo que com um pouco de cansaço.
A taxa de desemprego ficou exatamente onde estava, em 4,4% – um tiquinho acima dos 4,3% projetados, mas sem grande drama. Já a taxa de participação na força de trabalho subiu para 62,4% (melhor que o esperado), o que é um sinal saudável: mais gente voltando a procurar emprego. Os pedidos iniciais de seguro-desemprego vieram em linha com o projetado (220 mil), enquanto a média móvel de quatro semanas ficou levemente elevada, indicando um mercado de trabalho resiliente, porém sem euforia.
Sobre salários: o ganho médio por hora (mensal) subiu apenas 0,2% (abaixo do 0,3% esperado), mas o crescimento anual se manteve em 3,8%, superando levemente a projeção. Isso é ouro para o mercado: mostra que os salários ainda sobem o suficiente para sustentar o consumo, mas sem pressionar tanto a inflação a ponto de assustar o Fed.
Do lado da indústria, o índice de atividade do Fed da Filadélfia decepcionou bastante, caindo para -1,7 (o mercado esperava +1,0). Apesar disso, os subíndices de expectativas futuras (condições empresariais, CAPEX e emprego) vieram fortes, e os preços pagos pelas empresas saltaram para 56,1 – sinal de que a inflação de custos ainda ronda o setor manufatureiro.
Como o mercado digeriu tudo isso? De forma cautelosamente otimista. Os futuros de Wall Street abriram e se mantiveram no terreno positivo:
- Dow Jones Futuro (CCOM:US30): +0,59% (46.610 pontos)
- S&P 500 Futuro (CCOM:US500): +0,51% (6.746 pontos)
- Nasdaq Futuro (CCOM:US100): +0,46% (25.134 pontos)
O índice DXY do dólar (CCOM:DXY) opera praticamente estável em 99,80 (+0,01%), refletindo o equilíbrio perfeito que o mercado adora: emprego se recuperando sem superaquecer, salários crescendo sem disparar a inflação e indústria regional fraca, mas com expectativas futuras positivas. Em resumo, o tipo de dado que reforça a narrativa de soft landing (pouso suave da economia) e mantém viva a aposta de cortes de juros graduais pelo Federal Reserve nos próximos meses – exatamente o cenário que as bolsas de valores mais gostam de precificar.
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