Mesmo com o recuo de mais de 1% do petróleo Brent e WTI nesta terça-feira (04/11), as ações da Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR) encerraram o dia em leve alta, sustentadas por fatores domésticos e expectativas positivas para o 3T25.
Em 4 de novembro de 2025, a Petrobras registrou desempenho positivo na bolsa de valores B3, contrariando a tendência negativa do mercado internacional de energia. As ações preferenciais (BOV:PETR4) avançaram 0,50%, cotadas a R$30,25, enquanto as ordinárias (BOV:PETR3) subiram 0,59%, fechando a R$32,09. O volume financeiro somado ultrapassou R$44 bilhões, reforçando o peso do papel no Ibovespa.
Nos Estados Unidos, os ADRs da Petrobras também mostraram resiliência: o papel PBR (NYSE:PBR) avançou 0,08%, negociado a US$11,83, enquanto o PBR.A (NYSE:PBR.A) teve leve baixa de 0,36%, a US$11,16. Mesmo com oscilações distintas, o resultado reflete um mercado que aguarda os números do balanço do 3T25, previsto para sexta-feira, 7 de novembro, com expectativas de bons resultados operacionais.
O movimento positivo na B3 ocorreu apesar da queda nas cotações do petróleo, que recuaram sob o peso das preocupações com excesso de oferta global. O Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) caiu 0,79%, para US$64,28, e o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) recuou 1,15%, a US$60,19. Mesmo assim, investidores preferiram olhar para fatores domésticos e internos da estatal, impulsionando os papéis.
Entre as notícias que movimentaram o dia, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV), que pode envolver até 1.100 funcionários. A medida foi interpretada como positiva pelo mercado, já que tende a otimizar custos operacionais e melhorar a eficiência da companhia — pontos bem vistos por investidores de longo prazo.
A expectativa para o balanço trimestral também manteve o apetite comprador. A estatal reportou recordes de produção no trimestre, o que eleva a confiança em margens robustas e lucro expressivo. Analistas projetam EBITDA ajustado acima de R$80 bilhões, sustentado pelo câmbio favorável e pelo aumento nas exportações.
Comparativamente, a Petrobras teve desempenho melhor que várias gigantes do setor. Chevron (NYSE:CVX) caiu 0,40%, ConocoPhillips (NYSE:COP) recuou 0,73%, e TotalEnergies (NYSE:TTE) perdeu 0,35%. Apenas Exxon Mobil (NYSE:XOM) conseguiu leve alta de 0,36%, enquanto a britânica BP (NYSE:BP) subiu 0,75%, beneficiada por ajustes em seu portfólio de energia limpa. Ainda assim, o conjunto das petroleiras globais sofreu pressão com o petróleo em baixa — o que reforça o descolamento positivo da Petrobras no pregão brasileiro.
Para o investidor atento, o cenário cria duas oportunidades distintas: no curto prazo, há espaço para movimentos de volatilidade e realização de lucros caso o petróleo continue caindo; no swing trade e médio prazo, a força da empresa no mercado interno e o foco em dividendos tornam a ação atraente, principalmente se o balanço vier acima do consenso.
O mercado segue monitorando, ainda, as discussões sobre a política de dividendos e novos investimentos em refino e energia renovável, que podem redesenhar a trajetória de longo prazo da empresa.
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