WTI e Brent fecham o dia em alta. Petrobras e petroleiras brasileiras avançam na B3, enquanto gigantes internacionais acompanham movimento positivo.

O mercado de petróleo encerrou o pregão desta terça-feira (11/11) em alta firme, refletindo uma combinação de tensões geopolíticas e expectativas mais positivas sobre a demanda global por combustíveis. O avanço das cotações impulsionou as ações do setor de energia nas principais bolsas de valores, com destaque para Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A).

Logo nas primeiras horas da sessão, os preços do petróleo reagiram à notícia de um novo ataque de drones ucranianos a uma refinaria russa em Orsk, reacendendo preocupações com a oferta global de combustíveis. Ao mesmo tempo, a expectativa de que os EUA cheguem a um acordo para evitar o shutdown do governo federal trouxe alívio aos investidores, fortalecendo o apetite por risco no setor de energia.

Os contratos do Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) encerraram o dia cotados a US$ 60,99, em alta de 1,80%, após oscilar entre a mínima de US$ 59,63 e a máxima de US$ 61,20. Já o Petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) avançou 1,73%, fechando a US$ 64,95 o barril, após atingir a máxima de US$ 65,15. Foi o terceiro pregão consecutivo de valorização, consolidando o movimento de recuperação iniciado na semana passada.

Fatores que influenciaram os preços

  • Tensões geopolíticas: o ataque à refinaria russa reduziu a oferta no curto prazo e elevou o prêmio de risco na região.
  • Sanções dos EUA: novas restrições ao petróleo russo dificultam exportações para China e Índia, pressionando a oferta.
  • Perspectiva de excesso futuro: apesar da alta recente, analistas do Commerzbank e da Agência Internacional de Energia (IEA) alertam para um possível excedente de oferta em 2026.

Setor de petróleo nas bolsas de valores

No mercado brasileiro, Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) acompanhou a tendência internacional e encerrou o dia em forte alta.

  • PETR3: +2,40%, a R$ 35,41
  • PETR4: +2,60%, a R$ 33,20

Na NYSE, as ADRs da estatal também avançaram: PBR subiu 3,31% (US$ 13,44) e PBR.A ganhou 3,52% (US$ 12,65).

A recuperação veio mesmo com o cenário interno de “estado de greve” dos petroleiros, após rejeição à proposta de acordo coletivo. Segundo analistas da XP Investimentos, o movimento não deve causar impacto relevante nas projeções da companhia no curto prazo.

Outras petroleiras listadas na B3 também acompanharam o otimismo. PRIO (BOV:PRIO3) ganhou 2,73%, cotada a R$ 40,30, enquanto Petroreconcavo (BOV:RECV3) avançou 2,13%, a R$ 12,01. A recém-listada Brava Energia (BOV:BRAV3) teve alta de 1,30%, impulsionada por maior interesse em empresas de exploração independente.

Desempenho global das petroleiras

Nas bolsas internacionais, o movimento das empresas que atuam no setor de petróleo também foi amplamente positivo:

  • Exxon Mobil (NYSE:XOM): +1,32%, a US$ 119,78
  • Chevron (NYSE:CVX): +0,38%, a US$ 156,24
  • ConocoPhillips (NYSE:COP): +2,77%, a US$ 90,67
  • Shell (LSE:SHEL): +2,16%, a US$ 77,01
  • BP (LSE:BP): +0,51%, a US$ 37,31
  • TotalEnergies (EU:TTE): +2,41%, a US$ 55,34
  • Equinor ASA (TG:EQNR): +2,11%, a US$ 24,72
  • ENI (BIT:E): +1,73%, a US$ 38,28

As principais petroleiras europeias reagiram às mesmas pressões geopolíticas e aproveitaram o rali dos preços do barril. A TotalEnergies foi destaque na Euronext, refletindo revisões de lucro mais positivas para 2025.

Conclusão

O setor de petróleo segue como um dos principais termômetros do mercado financeiro global, com impacto direto sobre a bolsa de valores brasileira (B3) e a trajetória das ações da Petrobras. As próximas sessões devem continuar sensíveis às notícias sobre oferta e demanda, além das tensões envolvendo Rússia e Ucrânia.

Para acompanhar em tempo real as cotações e gráficos das principais commodities do mundo, acesse a Central de Commodities da ADVFN.