Os preços do petróleo caíam na manhã de terça-feira, 4 de novembro de 2025, depois que a decisão da OPEP+ de suspender os aumentos de produção no primeiro trimestre aumentou as preocupações de que a oferta global possa superar a demanda.

Às 06h44 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent para janeiro estavam em queda de 82 centavos, ou 1,26%, a US$ 64,07 por barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA para dezembro caía 86 centavos, ou -1,41%, para US$ 60,19.  

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) concordaram no domingo com um aumento moderado da produção em dezembro, seguido por uma pausa no início de 2026. O grupo elevou as metas de produção em cerca de 2,9 milhões de barris por dia — cerca de 2,7% da oferta global — desde abril, mas reduziu o ritmo no mês passado em meio a crescentes previsões de excesso de oferta.

“O mercado pode interpretar isso como o primeiro sinal de reconhecimento de uma possível situação de excesso de oferta por parte da OPEP+, que até agora se manteve muito otimista em relação às tendências de demanda e à capacidade do mercado de absorver os barris extras”, disse Suvro Sarkar, líder da equipe do setor de energia do DBS Bank.

Apesar das preocupações do mercado, vários executivos europeus do setor petrolífero descartaram os temores de uma iminente superoferta, destacando a resiliência da demanda e um crescimento mais moderado da produção. Da mesma forma, James Danly, Secretário Adjunto do Departamento de Energia dos EUA, afirmou não prever um excedente de petróleo em 2026.

Segundo quatro fontes da OPEP+, a Rússia pressionou pela pausa na produção, alegando dificuldades em aumentar as exportações devido às sanções ocidentais. Tanto os Estados Unidos quanto o Reino Unido impuseram novas sanções em outubro, visando a Rosneft e a Lukoil, as principais empresas de energia de Moscou.

Em uma nota de pesquisa, o JP Morgan comentou que “nossos estrategistas de petróleo mantêm a opinião de que, embora o risco de interrupção tenha aumentado, as medidas dos EUA, juntamente com as ações complementares do Reino Unido e da UE, não impedirão os produtores de petróleo russos de operar”.

A analista independente Tina Teng acrescentou que, embora os preços do petróleo bruto tenham recuado, as sanções ainda podem oferecer suporte aos preços no curto prazo, restringindo o fluxo de oferta.

A atenção do mercado agora se volta para os próximos dados de estoques dos EUA, divulgados pelo Instituto Americano de Petróleo (API). Uma pesquisa preliminar da Reuters mostrou que os estoques de petróleo bruto dos EUA provavelmente aumentaram na semana passada, fornecendo aos investidores mais pistas sobre a direção do mercado no curto prazo.

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