Gestora norte-americana Pimco confirma a venda de 64,8 milhões de ações ordinárias da Oi, encerrando sua participação de 19,7% no capital da companhia; movimento ocorre após retomada das negociações na bolsa de valores e segue pressionando o humor dos investidores.

A Oi voltou ao centro das atenções do mercado nesta quarta-feira (26/11) após a Pimco, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo, comunicar que zerou completamente sua posição acionária na companhia. A gestora norte-americana informou que vendeu todas as 64.811.440 ações ordinárias que ainda detinha — fatia equivalente a 19,7% do capital social total e votante da operadora.

O movimento ocorre em um momento delicado para a Oi, que ainda enfrenta incertezas operacionais, financeiras e jurídicas, inclusive após a recente suspensão do decreto de falência que permitiu o retorno dos papéis à bolsa de valores. Para parte do mercado, a saída integral de um investidor institucional desse porte representa um sinal de cautela; para outros, reforça a visão de que a reestruturação da empresa segue imprevisível.

Dias antes, a Pimco já havia reduzido significativamente sua participação ao vender mais de 10 pontos percentuais de ações. Com a divulgação desta nova correspondência, confirma-se que nenhum fundo gerido pela companhia mantém participação relevante na Oi. O documento entregue à empresa formaliza a total saída do bloco acionário.

A Oi é uma das maiores operadoras de telecomunicações do Brasil, atuando em telefonia móvel, banda larga e serviços corporativos. A empresa compete com gigantes como Telefônica Brasil (BOV:VIVT3) e TIM (BOV:TIMS3), e atravessa há anos um extenso processo de recuperação judicial, vendas de ativos, renegociações de dívidas e reestruturação operacional.

A saída completa da Pimco reacende discussões sobre os próximos passos da Oi e o futuro de sua estratégia de sobrevivência no setor.