A taxa de desocupação do trimestre encerrado em outubro de 2025 foi de 5,4%. Esse percentual reflete um mercado de trabalho que, apesar das variações pontuais, mantém trajetória e consistente, acompanhando a recuperação gradual da economia brasileira. Segundo os dados, “a população desocupada (5,9 milhões) foi o menor contingente da série histórica, recuando 3,4% no trimestre e caindo 11,8% no ano”, evidenciando o ritmo firme de absorção de mão de obra.

A população ocupada, estimada em 102,6 milhões de pessoas, permaneceu estável no trimestre e cresceu em mais 926 mil trabalhadores ao longo do último ano. Já o nível de ocupação se manteve em 58,8%, resultado que reforça a estabilidade estrutural do mercado laboral do país.

Outro destaque relevante veio da taxa composta de subutilização, que registrou 13,9%, “novamente a mais baixa da série”. Esse índice ficou estável frente ao trimestre anterior e recuou 1,5 ponto percentual ante igual período de 2024. A população subutilizada, com 15,8 milhões de pessoas, também se manteve no menor patamar desde 2014, reforçando o movimento de melhora gradual na eficiência do mercado de trabalho.

A população subocupada por insuficiência de horas (4,6 milhões) permaneceu estável no trimestre e acumulou queda de 9,2% no ano. Já a população fora da força de trabalho, estimada em 66,1 milhões, apresentou leves aumentos — 0,6% no trimestre e 1,8% no ano — um comportamento alinhado ao envelhecimento populacional e ao retorno lento de alguns segmentos ao mercado.

A desalentados totalizou 2,6 milhões de pessoas, mantendo estabilidade no trimestre e queda de 11,7% no ano. O percentual de desalentados manteve-se em 2,4%, também com recuo anual.

Entre os trabalhadores do setor privado, “o número de empregados (52,7 milhões) foi recorde da série”, ainda que sem grandes variações. O número de empregados com carteira assinada, excluindo domésticos, alcançou “39,2 milhões, novamente recorde da série”, impulsionado por alta anual de 2,4%. Já os empregados sem carteira somaram 13,6 milhões, com queda anual de 3,9%.

O setor público agregou 12,9 milhões de trabalhadores, mantendo estabilidade no trimestre, mas crescendo 2,4% no ano. Os trabalhadores por conta própria somaram 25,9 milhões, com estabilidade trimestral e alta de 3,1% no ano. A taxa de informalidade permaneceu em 37,8%, refletindo 38,8 milhões de trabalhadores.

O rendimento real habitual atingiu “R$ 3.528, recorde da série”, sustentado por estabilidade no trimestre e crescimento anual de 3,9%. A massa salarial real também renovou recorde em R$ 357,3 bilhões, com alta anual de 5%.

No agrupamento das atividades, houve avanço significativo em Construção (2,6%) e em Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,3%). Já Outros serviços recuaram 2,8%. Na comparação anual, setores como Transporte, armazenagem e correio, além de Administração pública e serviços sociais, também registraram crescimento notável.

O rendimento por atividade mostrou alta especialmente em Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, com aumento de 3,9% frente ao trimestre anterior. Na comparação anual, houve altas expressivas em Agricultura, Construção, Alojamento e alimentação, além de atividades financeiras e serviços públicos.

(ibge)

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