Os preços do petróleo subiam na manhã de quinta-feira, 13 de novembro de 2025, após fortes quedas observadas na sessão anterior, quando novos dados apontaram para estoques maiores de petróleo bruto nos EUA, o que intensificou as preocupações de que a oferta global continue superando a demanda.

Às 08h03 (horário de Brasília), o Brent para janeiro subiu 0,53%, ou 33 centavos, para US$ 63,04 o barril, após uma queda de 3,8% na quarta-feira. O WTI para dezembro avançou 0,51%, ou 30 centavos, para US$ 58,79, após queda de 4,2% da sessão anterior. 

Participantes do mercado, citando dados do Instituto Americano de Petróleo (API), disseram na noite de quarta-feira que os estoques de petróleo bruto dos EUA subiram 1,3 milhão de barris na semana encerrada em 7 de novembro. Os dados do API também apontaram para quedas nos estoques de gasolina e destilados.

Os preços foram duramente atingidos na quarta-feira, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) sinalizou que a oferta mundial de petróleo provavelmente excederá a demanda em 2026 — sua mais recente indicação de uma mudança em relação às expectativas anteriores de um déficit de produção.

Suvro Sarkar, líder da equipe do setor de energia do DBS Bank, disse: “A recente fraqueza (nos preços) parece ser impulsionada pela revisão da OPEP sobre o equilíbrio entre oferta e demanda em 2026 em seu relatório mensal, o que confirma que o grupo agora reconhece a possibilidade de um excesso de oferta em 2026, em contraste com sua postura mais otimista até então.”

Ele acrescentou: “Isso está em consonância com a recente decisão de suspender o reversão dos cortes voluntários de produção no primeiro trimestre. Dado que se trata apenas de uma mudança para uma leitura mais realista do mercado, não altera os fundamentos, daí a reação do mercado parecer exagerada.”

A OPEP afirmou que o excesso de oferta previsto para o próximo ano reflete aumentos mais amplos na produção da OPEP+, a coalizão que inclui tanto membros da OPEP quanto parceiros como a Rússia.

Yang An, analista da Haitong Securities, observou: “O sinal da OPEP de um excedente de oferta liberou um sentimento pessimista reprimido na sessão anterior, enquanto o aumento dos estoques de petróleo bruto nos EUA adicionou pressão, fazendo com que os preços do petróleo continuassem a cair na manhã de quinta-feira.”

Os investidores aguardam agora os dados oficiais dos estoques da Administração de Informação Energética dos EUA (EIA), que serão divulgados ainda nesta quinta-feira. Relatórios adicionais divulgados na quarta-feira contribuíram para o tom negativo nos mercados de energia.

Em sua Perspectiva Energética de Curto Prazo, a EIA afirmou que a produção dos EUA está a caminho de atingir um recorde ainda maior este ano do que o previsto anteriormente. A agência também projetou que os estoques globais de petróleo continuarão a aumentar até 2026, à medida que a produção se expande mais rapidamente do que a demanda por combustíveis, exercendo ainda mais pressão para baixo sobre os preços.

Olhando para o futuro, alguns analistas acreditam que é improvável que o preço do petróleo bruto caia muito abaixo dos níveis atuais.

Sarkar, do DBS, afirmou: “Deve haver um suporte considerável para os preços do petróleo em torno de US$ 60 por barril, especialmente considerando que pode haver interrupções de curto prazo nos fluxos de exportação russos assim que sanções mais rigorosas entrarem em vigor.”

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