Os preços do petróleo operavam praticamente estáveis na manhã de segunda-feira (3), após a OPEP+ anunciar o adiamento dos aumentos de produção programados para o primeiro trimestre do próximo ano, uma medida que ajudou a acalmar os temores de excesso de oferta. No entanto, dados fracos do setor manufatureiro das principais economias asiáticas limitaram a alta.
Às 07h02 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo Brent caíam US$ 0,06, ou -0,09%, para US$ 64,71 por barril, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA perdia US$ 0,09, ou -0,15%, para US$ 60,89.
A OPEP e seus aliados confirmaram no domingo que prosseguirão com um aumento de 137.000 barris por dia em dezembro, igualando os incrementos de produção de outubro e novembro.
“Devido à sazonalidade, além de dezembro, os oito países também decidiram suspender os aumentos de produção em janeiro, fevereiro e março de 2026”, afirmou o grupo em comunicado.
Warren Patterson, chefe de pesquisa de commodities do ING, afirmou que a medida sugere que a OPEP+ está reconhecendo “o grande excedente que o mercado enfrenta, principalmente até o início do próximo ano”. Ele acrescentou: “Obviamente, ainda há muita incerteza sobre a dimensão do excedente, que dependerá do impacto das sanções americanas no fluxo de petróleo russo”.
Helima Croft, chefe de estratégia de commodities da RBC Capital, afirmou que a Rússia continua sendo “uma incógnita crucial no fornecimento” em meio às recentes sanções americanas contra as principais produtoras Rosneft e Lukoil, bem como aos contínuos ataques à infraestrutura energética do país. “Há amplos motivos para uma abordagem cautelosa, dada a incerteza em relação ao cenário de oferta do primeiro trimestre e a esperada fragilidade da demanda”, observou.
Durante o fim de semana, um ataque de drone ucraniano atingiu o terminal petrolífero de Tuapse — uma das principais instalações de exportação da Rússia no Mar Negro — provocando um incêndio e danificando pelo menos uma embarcação.
Apesar da recuperação de segunda-feira, tanto o Brent quanto o WTI registraram perdas de mais de 2% em outubro, seu terceiro declínio mensal consecutivo, e atingiram a mínima em cinco meses em 20 de outubro, com as preocupações sobre o excesso de oferta e o crescimento global mais fraco afetando o sentimento do mercado.
Uma pesquisa da Reuters mostrou que os analistas mantiveram, em grande parte, suas previsões para o preço do petróleo, observando que o aumento da produção da OPEP+ e a demanda moderada estão contrabalançando os riscos geopolíticos para a oferta. As estimativas para o excedente de mercado variaram amplamente, de 190 mil a 3 milhões de barris por dia.
Dados da Administração de Informação Energética dos EUA, divulgados na sexta-feira, mostraram que a produção de petróleo bruto dos EUA aumentou em 86.000 barris por dia em agosto, atingindo um recorde de 13,8 milhões de barris por dia.
Entretanto, os polos industriais asiáticos continuaram a enfrentar dificuldades em outubro, com pesquisas mostrando uma atividade fabril mais fraca, à medida que as tarifas americanas e o arrefecimento da demanda global afetaram as exportações em toda a região — o maior mercado consumidor de petróleo do mundo.
Na sexta-feira, o presidente norte-americano Donald Trump negou estar considerando ataques dentro da Venezuela, membro da OPEP, em meio a crescentes especulações de que Washington poderia ampliar as operações de combate ao narcotráfico no país.
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