A Raízen (BOV:RAIZ4) fechou um novo crédito rotativo de R$ 5,298 bilhões por cinco anos, reforçando caixa e capacidade financeira; operação envolve 13 bancos e chega em momento estratégico para o mercado de energia e biocombustíveis.

A Raízen (BOV:RAIZ4) anunciou nesta quinta-feira (14/11), a contratação de uma nova linha de crédito rotativo (Revolving Credit Facility) no valor de US$ 1 bilhão, equivalente a R$ 5,298 bilhões, com vencimento em cinco anos. A operação substitui linhas de crédito anteriores e fortalece a estratégia de liquidez da companhia em um ciclo de elevada demanda por capital no setor de energia renovável e biocombustíveis.

O contrato foi firmado pela Raízen Fuels Finance, com garantia direta da Raízen S.A. e da Raízen Energia, junto a um sindicato composto por 13 bancos de relacionamento, reforçando a confiança do sistema financeiro na saúde operacional da companhia.

A contratação do crédito reforça o colchão de liquidez da companhia em um momento de forte expansão da produção de etanol de segunda geração, investimentos em cogeração de energia e crescimento no mercado global de combustíveis. Em meio a juros ainda elevados no Brasil, a busca por linhas internacionais mais competitivas se tornou uma estratégia relevante para grandes empresas listadas na bolsa de valores.

A decisão também dialoga com o momento do setor de energia, que vive intensa dinâmica de transição energética e crescente pressão por financiamento sustentável. Para investidores da B3, o movimento reforça a capacidade da Raízen (RAIZ4) de executar seu planejamento de longo prazo sem comprometer a estrutura de capital.

O crédito rotativo contratado, por meio de veículo financeiro próprio, substitui linhas atualmente vigentes e amplia a flexibilidade da estrutura financeira. A duração de cinco anos reduz a necessidade de refinanciamentos frequentes e melhora o perfil de endividamento da companhia.

Segundo fontes do mercado, a presença de 13 instituições financeiras reforça o grau de confiança bancária na Raízen — um ponto decisivo em um ambiente econômico mais seletivo quanto ao risco corporativo.

Às 16h11, horário da última atualização, as ações da Raízen (RAIZ4) eram negociadas a R$ 0,88, alta de 1,15%. O papel abriu o pregão a R$ 0,87, atingiu mínima de R$ 0,82 e máxima de R$ 0,90, acompanhando a volatilidade típica de notícias envolvendo estrutura de capital.

O mercado reagiu de forma neutra a levemente positiva, interpretando o crédito como reforço de liquidez e de capacidade financeira. A expectativa é que, com a melhora da estrutura de dívida, a ação possa reagir de forma mais consistente nos próximos pregões, especialmente se novas informações sobre investimentos forem divulgadas.

A Raízen (RAIZ4) é uma das maiores empresas de energia do Brasil, com atuação integrada em etanol, açúcar, bioenergia, distribuição de combustíveis e produção de biocombustíveis avançados. A companhia opera em parceria com a Shell no segmento de distribuição e é referência global em etanol de segunda geração. Entre seus principais concorrentes estão São Martinho, Cosan e Vibra Energia.

A nova linha de crédito reforça a solidez financeira da Raízen e dá mais segurança ao planejamento estratégico da companhia.