Empresa também prevê investir R$ 70 bilhões para universalização do saneamento até 2029

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Sabesp (BOV:SBSP3), divulgou nesta segunda-feira sua nova estratégia de sustentabilidade, com o compromisso de reduzir em 15% suas emissões totais de gases de efeito estufa até 2035, considerando os escopos 1, 2 e 3. A iniciativa acompanha o objetivo da companhia de investir R$ 70 bilhões para universalizar os serviços de água e esgoto no estado até 2029.

No escopo 2, que envolve emissões indiretas de energia, a empresa projeta uma redução mais significativa, de 43%, apoiada no aumento do uso de fontes renováveis, autogeração, eficiência operacional e modernização de processos. A Sabesp reforça que a transição energética é um pilar central do seu plano de descarbonização.

A meta surge em um momento de reestruturação estratégica, ganho de eficiência e avanço dos debates sobre privatização e modernização do setor de saneamento básico na bolsa de valores brasileira. O movimento também coloca a Sabesp em linha com compromissos globais de sustentabilidade assumidos por empresas de utilidade pública no mundo.

No pregão desta terça-feira (04/11), as ações da Sabesp (SBSP3) operam em leve alta. Às 11h43, o papel era negociado a R$ 133,60, com variação positiva de +0,23%. Na sessão, a ação oscilou entre a mínima de R$ 132,52 e a máxima de R$ 133,82, após abrir o dia a R$ 133,27. O volume negociado no período era de aproximadamente 288 mil ações.

A Sabesp é uma das maiores empresas de saneamento da América Latina, responsável pelo abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto em centenas de municípios paulistas. A companhia integra o setor de utilidade pública e frequentemente é percebida por investidores como um ativo estratégico de perfil defensivo, especialmente em períodos de volatilidade da economia.

Para investidores, o anúncio reforça o alinhamento da companhia às práticas ESG — um ponto cada vez mais observado por gestoras e fundos focados em sustentabilidade. Acompanhar a evolução desses indicadores pode ser relevante para avaliar potenciais impactos de longo prazo sobre custos operacionais, percepção de mercado e governança.