O balanço financeiro do terceiro trimestre de 2025 do Santander Brasil (BOV:SANB11) já é página virada, mas a ação continua no radar de quem busca um value investing com paciência. O banco entregou lucro recorrente de R$ 4 bilhões, com alta de 9,4% em relação ao ano anterior, ROE de 17,5% acima do esperado e despesas estáveis em R$ 6,4 bilhões. A inadimplência subiu para 3,4%, mas as provisões caíram 4,9% no trimestre. A carteira cresceu apenas 3,8%, chegando a R$ 689 bilhões, e a margem de mercado foi negativa em R$ 1,3 bilhão.
Comparado aos seus pares neste momento, o Santander fica atrás: o Itaú (BOV:ITUB4) tem ROE de 23,3%, inadimplência de 1,9% e eficiência de 37,7%, enquanto o Bradesco (BOV:BBDC4) cresce 9,6% na carteira e 18,8% no lucro. O Santander brilha em controle de custos, mas perde em tração operacional.
Na análise fundamentalista, o Santander negocia a R$ 32,65 com P/L de 10,1x, o mais alto dos três apesar do lucro menor, P/VP de 0,99x, o mais barato em relação ao patrimônio, e dividend yield de 5,75%, inferior aos 7% de Itaú e Bradesco. O preço-alvo médio fica entre R$ 32 e R$ 35, com upside de 0 a 7%. Não é a melhor entrada agora, pois o banco está barato, mas sem catalisador imediato, com crescimento lento e NIM pressionado.
Para 2026, analistas estimam ROE subindo para 19 a 20% com digitalização e PMEs, e lucro anual podendo chegar a R$ 16 a 17 bilhões, contra R$ 15 bilhões em 2025. O que precisa mudar para Santander virar uma opção interessante inclui ROE acima de 19% com inadimplência abaixo de 3%, crescimento da carteira superior a 6%, margem de mercado positiva e dividend yield subindo para mais de 7% com JCP maior.
Pela análise técnica, as units SANB11 exibem tendência de alta no diário, com variação entre R$ 28 e R$ 34. Dos indicadores, 38% apontam alta, 23% baixa e 38% neutro, com suporte imediato em R$ 31,88 e resistência em R$ 33,96. Não vale comprar agora. Melhor seria esperar um pullback entre R$ 31,50 e R$ 31,88 para entrar. A estratégia inclui entrada ideal em R$ 31,50 para acumulação, alvo curto em R$ 34,02 com ganho de 4%, stop em R$ 29,47 e upside máximo de 57% para R$ 51,58 no longo prazo.
Na comparação com Itaú e Bradesco, o Itaú emerge como a melhor opção overall, com ROE superior de 23,3% contra 17,5% do Santander e 14,7% do Bradesco, inadimplência mínima de 1,9%, eficiência recorde de 37,7% e valuation equilibrado com P/L de 9,9x, dividend yield de 7% e upside de 14% para R$ 46, ideal para perfis defensivos. O Bradesco é a segunda escolha para upside agressivo, com crescimento de 18,8%, P/L de 9,5x, dividend yield de 7%, alta de 50% em 12 meses e momentum técnico forte com potencial de 40% para R$ 27, mas risco em despesas e inadimplência de 5,4%. O Santander fica em terceiro, eficiente e barato com P/VP de 1,0x, mas com crescimento modesto de 3,8% na carteira, dividend yield menor de 5,75% e cenário técnico indeciso, adequado só para diversificação de carteira.
Em um setor projetando R$ 25 bilhões em lucros no 3T25 com queda de 14% no ano, priorize Itaú para solidez. O Santander é barato, mas sem pressa – compre se cair abaixo de R$ 31 e diversifique com os pares, virando interessante em 2026 se entregar ROE acima de 19%, crescimento maior que 6% e margem de mercado positiva.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.