Investidores reagem à ausência de dados nos EUA, desaceleração na China e expectativa por sinalizações do Banco Central brasileiro.

Nesta sexta-feira (14/11), os mercados globais amanhecem sob forte cautela, refletindo uma série de fatores que elevam a volatilidade e aumentam a aversão ao risco. Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em queda após a maior baixa em Wall Street em mais de um mês. A correção foi impulsionada por dúvidas crescentes sobre o rumo da política monetária do Federal Reserve (Fed) e pelas avaliações excessivas das gigantes de tecnologia, reacendendo temores de uma bolha no setor.

O fim do shutdown nos EUA trouxe alívio institucional, mas deixou lacunas importantes na coleta de dados econômicos. Um dos principais indicadores afetados é a taxa de desemprego de outubro, que não será divulgada. Essa ausência compromete a leitura da saúde do mercado de trabalho e adiciona uma camada de incerteza às decisões do Fed, especialmente quanto à possibilidade de cortes de juros em dezembro.

Na Ásia, os dados da China vieram mistos. A produção industrial de outubro decepcionou, ficando abaixo das projeções dos analistas, enquanto as vendas no varejo surpreenderam positivamente, ainda que de forma modesta. O contraste reforça a percepção de que a recuperação chinesa segue desigual, o que pode impactar a demanda global por commodities e influenciar os mercados emergentes.

No Brasil, o foco está na reunião entre diretores do Banco Central e economistas paulistas. O encontro é visto como uma oportunidade para captar sinais sobre o início do ciclo de cortes na taxa Selic. A expectativa é que o BC comece a flexibilizar a política monetária, diante da desaceleração da inflação e da necessidade de estimular a atividade econômica.

A agenda doméstica está carregada. O dia traz a divulgação do IGP-10, da Pnad Contínua — que costuma mexer com as expectativas de juros — e do Prisma Fiscal, além de declarações esperadas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o pacote de tarifas e ajustes fiscais. Esses elementos podem influenciar diretamente o humor do mercado e a curva de juros futuros.

Na B3, os investidores acompanham os últimos balanços corporativos da temporada, com atenção especial aos setores de varejo e construção civil. A performance das empresas pode ajudar a calibrar as projeções para o PIB do quarto trimestre e influenciar decisões de alocação de capital.

O dólar opera com leve alta frente ao real, refletindo o movimento global de busca por segurança. Já o Ibovespa tende a abrir em compasso de espera, com os agentes financeiros monitorando os desdobramentos locais e internacionais antes de tomar posições mais firmes.

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Antes da abertura das bolsas de valores nos Estados Unidos e no Brasil nesta sexta-feira, os mercados globais operam em território negativo, refletindo a cautela dos investidores diante de incertezas econômicas. Os índices futuros norte-americanos recuam, com o Dow Jones em -0,13%, o S&P 500 em -0,28% e o Nasdaq em -0,52%, sinalizando uma possível continuidade da correção observada em Wall Street. Na Ásia, o sentimento também é de baixa: o Shanghai SE caiu -0,97%, o Nikkei -0,44%, o Hang Seng -1,85%, o Nifty 50 -0,45% e o ASX 200 -1,36%, pressionados por dados mistos da economia chinesa e preocupações com o crescimento regional.

Na Europa, os principais índices seguem a tendência negativa, com o STOXX 600 em -0,92%, o DAX alemão em -0,69%, o FTSE 100 britânico em -0,18%, o CAC 40 francês em -0,36% e o FTSE MIB italiano em -0,91%. Em contraste, o mercado de commodities mostra força: o petróleo WTI sobe 1,35%, cotado a US$ 59,48, enquanto o Brent avança 1,25%, a US$ 63,80 o barril. O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian registra leve alta de 0,26%, a 772,50 iuanes (US$ 108,61). Já o Bitcoin recua 1,18%, sendo negociado a US$ 97.154,90, refletindo a volatilidade típica do mercado cripto.