Ações da Vale mostram resiliência em dia negativo para o minério, com investidores avaliando projeções positivas após resultados do 3T25.

A segunda-feira (03/11) foi marcada por contrastes no setor de mineração. Enquanto os preços do minério de ferro recuaram nas bolsas asiáticas, as ações da Vale (BOV:VALE3) mostraram leve alta na B3, encerrando o dia a R$ 65,35 (+0,14%). Já na bolsa de valores de Nova York (NYSE:VALE), o ADR da companhia avançou 0,99%, cotado a US$ 12,20. O movimento sinaliza que os investidores seguem confiantes na força operacional da mineradora brasileira, mesmo diante da correção recente das commodities metálicas.

Na Ásia, o minério de ferro para janeiro de 2026 caiu 1,82% na Bolsa de Dalian (DCE), a 782,5 iuanes por tonelada (≈ US$ 109,88). Em Cingapura (SGX), o contrato de dezembro recuou 1,59%, para US$ 104,40 por tonelada. Já o mercado à vista (spot) para o minério com teor de 62% Fe cedeu 1,30%, fechando a US$ 105,40. O movimento refletiu a menor produção de aço na China e a alta nos estoques portuários, que atingiram 135,6 milhões de toneladas — o maior nível em quatro meses.

Mesmo com esse cenário, a Vale manteve desempenho positivo. Analistas atribuíram a leve valorização das ações à expectativa de novos dividendos e ao sólido balanço do 3º trimestre de 2025. A mineradora reportou lucro líquido de US$ 4,4 bilhões no período, alta de 17% na comparação trimestral, além de produção recorde de 94,4 milhões de toneladas de minério — o maior volume desde 2018.

Entre os fatores que impulsionaram o papel, estão as projeções de Ebitda robusto para o 4T25 e o otimismo de grandes casas de análise. O Citi manteve recomendação de compra para a Vale e elevou a projeção de Ebitda ajustado, enquanto o Jefferies reforçou que a empresa segue como sua preferida global entre as mineradoras. Já a XP Investimentos adotou postura mais cautelosa, rebaixando para “neutra”, mas destacou a eficiência operacional e o forte fluxo de caixa.

Principais fatores que influenciaram VALE3 hoje

  • Queda de 1,82% no minério de ferro na Bolsa de Dalian;

  • Aumento dos estoques portuários chineses para 135,6 milhões de toneladas;

  • Expectativa de dividendos e confiança no guidance de custos da Vale;

  • Revisão positiva de estimativas por bancos internacionais;

  • Perspectiva de recuperação gradual das exportações globais.

Em comparação com suas concorrentes internacionais, a Vale teve desempenho superior. A Rio Tinto (LSE:RIO) caiu 2,20%, cotada a US$ 70,16, pressionada pela menor demanda chinesa, enquanto a BHP Group (ASX:BHP) recuou 1,58%, a US$ 56,15. Já a ArcelorMittal (EU:MT) teve leve alta de 0,21%, para US$ 38,17, impulsionada por suas operações europeias. No Brasil, a CSN Mineração (BOV:CMIN3) acompanhou o viés positivo, subindo 0,49%, a R$ 6,10.

A combinação de fundamentos sólidos e resultados acima das expectativas manteve a Vale em posição de destaque no setor de mineração global. Mesmo com o recuo do minério, o mercado segue apostando na capacidade da empresa de sustentar margens elevadas e gerar caixa consistente nos próximos trimestres.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.

Padrão Candlestick Três Soldados Brancos e força compradora podem indicar continuação de alta da VALE3

O gráfico diário de VALE3 mostra a formação de um padrão clássico altista Três Soldados Brancos entre os dias 29 e 31 de outubro, reforçando o controle dos compradores e indicando potencial de continuidade da tendência de alta. Esse movimento foi acompanhado por médias móveis de 5 e 21 períodos ascendentes e suporte da tendência de alta pelo Parabólico SAR e pelo indicador HILO.

A resistência imediata está localizada em R$ 65,55, e um rompimento sustentado desse patamar pode abrir espaço para novas altas rumo a R$ 67,10 e posteriormente R$ 67,67. Caso o ativo consiga romper essas barreiras, o gráfico projeta um alvo técnico mais ambicioso — o topo histórico em R$ 120,45, representando um potencial de valorização de cerca de 84%.

Por outro lado, se o movimento perder força, o suporte de curto prazo em R$ 61,33 é o ponto a ser observado. Um rompimento abaixo desse nível acionaria sinal de venda, com possíveis correções até R$ 59,80 ou R$ 59,22, conforme indica o Scanner ADVFN.

Entre os 13 principais indicadores acompanhados pelo Scanner ADVFN, 6 sinalizam alta (46,15%), 4 apontam baixa (30,77%) e 3 permanecem neutros (23,08%). O IFR e o Estocástico indicam condição de sobrecompra, o que sugere uma possível pausa antes de novas altas. No entanto, o Trix e o CCI seguem positivos, sustentando o viés otimista. O MACD ainda não cruzou sinal, permanecendo neutro, mas o campo de tendência geral segue em alta.

Estratégias sugeridas para VALE3 no pregão de terça-feira (04/11)

  • Entrada compradora (long): acima de R$ 65,55, mirando R$ 67,10 e R$ 67,67, com stop em R$ 64,80.

  • Entrada vendedora (short): abaixo de R$ 61,33, mirando R$ 59,80, com stop em R$ 62,00.

  • Gestão de risco: manter posição leve até o rompimento confirmado, devido à divergência em indicadores de momentum.

Fundamentos de Vale e Contexto do Mercado

Mesmo com o minério de ferro registrando leve queda nas bolsas asiáticas, os investidores mantêm confiança no desempenho operacional da Vale após a divulgação do balanço do 3º trimestre. A mineradora reportou lucro líquido de US$ 4,4 bilhões, crescimento de 17% frente ao trimestre anterior, e produção recorde de 94,4 milhões de toneladas — o maior volume desde 2018.

O Citi manteve recomendação de compra e elevou suas projeções de Ebitda ajustado, enquanto o Jefferies classificou a Vale como sua “preferida global” no setor de mineração. A XP Investimentos, embora tenha ajustado a recomendação para neutra, reforçou a solidez do fluxo de caixa e a eficiência operacional da companhia.

Esses fundamentos contribuem para sustentar o otimismo técnico e dão suporte à leitura gráfica de que o ativo ainda pode buscar novas máximas no curto prazo, especialmente se o minério voltar a reagir nas próximas sessões.

No contexto global, concorrentes diretas como Rio Tinto (LSE:RIO) e BHP Group (ASX:BHP) recuaram cerca de 2% na última sessão, refletindo a pressão do mercado chinês. A resiliência da Vale frente a esse cenário reforça a atratividade da ação para investidores que buscam exposição em commodities metálicas com forte geração de caixa.

Com suporte técnico consistente e perspectiva de fundamentos positivos, VALE3 entra na terça-feira (04/11) como um dos papéis mais observados do Ibovespa. O rompimento de R$ 65,55 será o divisor de águas para definir se os touros seguem dominando o jogo — ou se uma correção técnica abrirá espaço para novas oportunidades de entrada mais abaixo.

Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.

Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.