Mineradora mantém leve alta no pregão desta segunda-feira (10/11), contrariando o movimento de baixa da commodity nas bolsas asiáticas, com investidores apostando em fundamentos sólidos e possível distribuição adicional de dividendos.
As ações da Vale (BOV:VALE3) encerraram a sessão desta segunda-feira em alta de 0,66%, cotadas a R$65,21 na bolsa de valores (B3), após um pregão de leve volatilidade. O papel chegou a tocar a mínima de R$64,91 antes de retomar o movimento comprador no fim do dia.
Na bolsa de valores de Nova York (NYSE), o recibo da mineradora (NYSE:VALE) também apresentou desempenho positivo, com valorização de 0,59%, a US$12,22, acompanhando o bom humor das bolsas americanas e a alta de companhias do setor, mesmo diante da queda dos preços do minério de ferro.
Minério de ferro recua na Ásia, mas não impede o avanço da Vale
Os contratos futuros do minério de ferro encerraram em leve queda nas principais bolsas asiáticas, pressionados por temores sobre a fraca demanda da China.
-
Dalian (China): contrato de janeiro/2026 fechou em 765 iuanes por tonelada, equivalente a US$107,40, com leve baixa.
-
Singapura (SGX): contrato de dezembro/2025 terminou o dia em US$102 por tonelada, também com leve recuo.
A pressão veio da desaceleração do setor imobiliário chinês e dos cortes de produção de aço, que mantêm o mercado em alerta quanto à demanda final por minério. Mesmo assim, o desempenho da Vale mostrou resiliência diante do cenário internacional.
Fatores que influenciaram o pregão da Vale
-
Expectativa de dividendos: investidores mantêm atenção à possibilidade de pagamento extraordinário ainda em 2025, após resultados sólidos no 3T25.
-
Produção recorde: a empresa reportou sua maior produção de minério de ferro desde 2018, o que reforçou a confiança na geração de caixa.
-
Otimismo local: a alta da Vale ajudou a sustentar o Ibovespa (BOV:IBOV), que vem renovando máximas históricas recentes.
-
Diversificação geográfica: declarações recentes da diretoria reforçaram a estratégia de ampliação de mercado para Índia e Oriente Médio, reduzindo a dependência da China.
Comparativo internacional
Entre as gigantes globais, a performance da Vale ficou em linha com seus principais pares. A BHP (NYSE:BHP) avançou 1,52%, enquanto a Rio Tinto (LSE:RIO) ganhou 1,44%. Já a Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) destoou, recuando 0,77%, pressionada por custos logísticos e menor demanda nos EUA.
A Vale teve um comportamento equilibrado, sustentada por fundamentos sólidos e percepção de que a correção do minério na Ásia pode ser pontual, o que manteve investidores institucionais posicionados no papel.
Contexto de mercado
O otimismo doméstico compensou a pressão externa. Analistas apontam que a força do fluxo de capital estrangeiro e a percepção de melhora macroeconômica no Brasil têm ajudado a manter a demanda por ações ligadas a commodities. Além disso, a transição energética global e o avanço dos projetos em minérios críticos fortalecem a perspectiva de médio prazo para a mineradora.
💬 Perspectivas
A leitura do mercado é que, enquanto o minério se mantiver acima dos US$100 por tonelada, as ações da Vale continuarão com suporte técnico.
A volatilidade vinda da China segue como fator de risco, mas o balanço robusto, o fluxo de caixa livre e a política de dividendos generosa sustentam o otimismo entre investidores de longo prazo.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.